Hoje chamam-se pregadores. Há muitos pregadores célebres ao longo da
História e muitos mais que ninguém conhece. Mas todos estes o que deveriam ter
sido era evangelizadores - mensageiros do Evangelho. E nem sempre foram. Porque para o serem era imprescindível
amarem apaixonadamente Jesus e raramente isso se viu. É que evangelizar não é
propriamente falar; é mostrar por todos os meios a paixão por Jesus que se traz
no coração. Como fizeram os primeiros Apóstolos.
13/6/96
– 5:42
– Deixas-me perguntar-Te, meu Rei, porque
não me enviaste ainda?
– Gostei que tivesses escrito “meu Rei”.
Porque o fizeste?
– Tu sabe-lo melhor do que eu, Mestre. Tu
vens de dentro de mim, o meu coração és Tu que o conheces!
– Eu sou Rei?
– Ficou escrito na Tua Cruz.
– Como se manifesta a Minha Realeza?
– Como se vê na Cruz: amando até àquele
ponto.
– Como envio Eu então os Meus amigos em Meu
Nome?
– É o Teu Amor que os impele a ir.
– E que levam eles de Mim?
– O que viram e ouviram de Ti.
– Só de Mim?
– Só de Ti. De mais ninguém.
– Fiquei feliz pelo que agora escreveste.
Expõe mais um pouco o que o Espírito te está fazendo surgir no coração.
– Para que alguém seja enviado é preciso que seja
enviado por Ti: ele tem que ter o coração cheio das Tuas Maravilhas. Na Tua
Igreja tem que voltar a ser assim. Perdoa-nos o que fizemos no passado, o que
estamos fazendo agora: quantas missões não executámos sem nada levarmos de Ti
dentro de nós! Quantas vezes fomos címbalos vazios porque avançámos como
executores de planos só nossos, que elaborámos sem Te consultar sequer! Quantas
vezes esmagámos assim os Teus filhos, usando o Evangelho que nos deste para
curar e salvar! Meu Jesus, meu querido Nazareno, como Te traímos e desfigurámos!
– Gostaria de ouvir de novo as palavras do
Meu profeta Isaías.
– Todo o versículo sete do capítulo
cinquenta e dois, que Paulo aqui cita abreviado?
– Sim.
– “Que formosos são, sobre os montes, os pés
do mensageiro que anuncia a Paz, que traz a Boa Nova, que prega a Salvação, que
diz a Sião: Reina o teu Deus”.
Comoveu-me o facto de Jesus me ter pedido
para Lhe dar a ouvir de novo as palavras de Isaías. Achei-O tão humano, tão
próximo de mim!… Apetece mesmo andar sempre com Ele por todo o lado, dizer
“nós”. E não se julgue que assim O rebaixamos; é bem ao contrário: Ele torna-se
em verdade Deus-Connosco, de tal forma que é irresistível o nosso desejo de O
mostrar a toda a gente, de O revelar como Ele quer ser revelado – como Amor.
Nós tornamo-nos então, inteiros, verdadeira Revelação de Deus gritando: Vede
como Ele nos ama!
E assim me acaba de revelar este espantoso
Mestre, através de uma realidade no coração como é Seu jeito, a essência da
evangelização!
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