O
Pai do Céu é o nosso verdadeiro Pai; os nossos pais terrenos são visualizações d’Ele,
enquanto não O conhecemos. A mensagem que se segue foi uma das maiores surpresas,
para mim próprio.
22/5/96 – 3:07
Era 1:47 quando pela primeira vez vi as
horas, a confirmar que o meu Mestre me está dando a Sua Paz, pelo anúncio que
venho fazendo, no Espírito, do Mistério de Deus Uno e Trino.
Mas não vivo ainda a Paz que o Senhor me
dá, porque a carne é, de facto, muito frágil e tosca…
– Diz-me, Mestre: também Te acontecia isto
de não conseguires segurar a atenção presa ao Teu Pai?
– Parece não saberes bem ainda Quem é o Meu
Pai e Teu Pai.
– Certamente que não, Mestre, estou muito
longe de o saber.
– Ele está no Céu. Sabes onde é o Céu?
– É fora e para além do Universo criado?
– É. Mesmo que o Universo não existisse, o
Meu Pai continuaria estando no Céu.
– O Universo foi criado fora do Céu?
– O Céu é sempre onde Deus está.
– Está então em cada criatura que sai das
Mãos de Deus!?
– Se Deus não estivesse em cada criatura,
ela não poderia existir.
– Cada criatura é como um Desejo de Deus
realizado?
– Sim. Mas lembra-te: não há em Deus um
único Desejo que se não realize.
– Então quando o homem destrói ou mutila uma
criatura…
– Faz uma ferida no Coração de Deus, por
mais pequenina que seja a criatura.
– Mas frustra o Desejo de Deus!
– Não. Só faz uma ferida no Coração de Deus.
– Se eu mato uma formiga…
– Da matéria da formiga morta nascerá uma
nova formiga, até que o Pai deseje.
– Os Desejos de Deus cessam?
– Não: desabrocham em novos Desejos.
– Olha, Jesus: porque me conduziste para
aqui? Eu não estou a meter-me onde não sou chamado?
– A Minha resposta está nos algarismos. Olha
o relógio.
– 4:37.
– Interpreta.
– Eu estou anunciando o Mistério de Deus
Trino conforme é Teu Desejo.
– Onde viste o Meu Desejo?
– No 7: ele é o Sinal da Paz. Paz é fazer a
Tua Vontade.
– Queres então continuar Comigo descobrindo
o Coração do Pai do Céu?
– É todo o meu desejo.
– Onde íamos?
– Não sei, mas impressionou-me o Tu dizeres
que ferimos o Coração de Deus sempre que tratamos mal até a mais pequenina e
frágil das Tuas criaturas.
– Sim. Ele está nela como está no Céu.
– Mas agora então, Mestre, e na Cidade
monstruosa que nós construímos?
– Responde tu. Sente o Coração de Deus.
– Não posso, Mestre. Como se sente o Coração
de Deus?
– Falando Comigo. Eu sou o Coração de Deus
presente na Cidade.
– Então, Jesus, como Te sentes, aqui?
– Junta todas as ervinhas que vós matastes
para fazer a Cidade e calcularás como Eu Me sinto, aqui.
– Não pode ser! Como aguentas um sofrimento
desses?
– Só aguento porque o Meu Coração é do
tamanho de Deus e em Deus até a capacidade de sofrer é infinita.
– Mestre, se não explicas isso, matam-me:
esta heresia é forte demais!
– Já te disse que não há heresias; há só
quem ame e quem despreze o Amor.
– Mas diz a teologia que Deus não sofre,
Mestre. Sofrer contraria a própria Natureza de Deus!
– Pois contraria.
– Então…?
– Então porque continuais de olhos espetados
no chão? Porque não os levantais para a Minha Cruz?
– Mas a Tua Cruz foi só aquela noite, aquela
tarde…
– Não! O Meu Sacrifício é perpétuo!
– Ah!
Enquanto no Universo a mais pequenina das criaturas de Deus for maltratada, Tu
continuarás aí, na Tua Cruz?
– Sim. Contrariando a Natureza de Deus.
– Então quando eu sofro por não conseguir
manter a atenção presa a Ti, és Tu que sofres contrariando a Tua Natureza?
– Sim. Enquanto sofreres por estares longe
de Mim, estarás Comigo na Cruz. O mais atroz sofrimento da Minha Cruz foi eu
estar aí muito longe do Pai.
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