Uma estranhíssima sensação nos invade quando acontece o encontro pessoal
com Jesus e por Ele nos apaixonamos: a sensação de nos vermos, vazios, sem nada
e, mais que isso, de desejarmos muito ser nada, para que Ele seja Tudo em nós.
Difícil de entender? Peça o leitor muito a Jesus este encontro e, quando ele
acontecer, logo entenderá…
17/5/95
– 0:36
– Senhor, faz-me verdadeiro nada! Como é
possível ao homem presumir do que quer que seja? No infinito Universo, quem é o
homem senão um grão de pó em suspensão, à superfície da terra? Como pudemos nós
fabricar tanta dor? Reduz-me àquilo que eu sou, para poder ser aquilo que
sonhaste. É importante para mim, Jesus: faz-me nada. Com este ainda tão
enevoado entendimento, já percebi que não há nada mais importante para mim do
que desaparecer. É preciso que todos, olhando para mim, Te vejam a Ti só,
incarnado, novamente curando, novamente anunciando as Maravilhas do Pai.
Impressiona-me muito a nossa dor, Jesus! Porque sofremos tanto? Que espectáculo
não daremos nós aos Teus Olhos! Como hás-de sofrer ao ver-nos assim! Foi este
espectáculo que levou o Pai à decisão de Te enviar à terra para morreres
naquela Cruz, não foi? Faz-me nada, Jesus. Só assim poderei ser Dom Teu lavando
e curando tanta chaga, tanta chaga! Faz-me nada, Jesus. Só assim poderei
acreditar na Nova Terra que prometeste e de que desesperadamente precisamos.
Faz-me nada, Jesus. Só assim poderá ser lançado fora o Príncipe deste mundo,
que neste momento ri aqui por perto, tentando, mesmo nesta minha oração,
introduzir a vaidade. A vaidade de ser humilde. Mas eu não me vou preocupar:
sem Ti nada posso fazer senão querer ser nada e desejar que sejas Tu tudo em
mim!…
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