É facílimo desacreditar esta
Profecia que escrevo. Porque ela se move toda na dimensão da Fé, que só começa
onde o senso comum termina a sua capacidade de ver, de conhecer, de controlar.
Todo o Profeta anuncia um Reino que não é deste mundo…
5/5/95 – 4:09
Não faço a mínima ideia do que vou escrever.
Pesa sobre mim um terrível sono, de modo que não sei porque acordo, e reconheço
uma cerrada lógica ao Demónio: Que estás aqui a fazer? Que sentido tem esta
autêntica violência contra a natureza? Mas é do Demónio esta voz, eu sei, o
Demónio tem sempre uma lógica cerrada e é por aí que ele avança, pelos caminhos
da lógica, da razão, do senso.
– Mas Tu, Jesus, vem em meu auxílio. Não
teve senso nenhum o Caminho que Tu seguiste. Ensina-me as vias originais do Teu
Evangelho. Diz-me que estou escolhendo a melhor parte, senão eu desfaleço. Sê
sempre e só Tu a guiar-me os passos. Não quero que ninguém mais meta bedelho
onde não é chamado, porque ninguém mais pode ser chamado a construir uma obra que
Tu sonhaste! Vê: ninguém daria nada por isto que aqui está ajoelhado,
escrevendo sem nenhum fogo interior palavras que diz virem de Ti. Todos me
dirão que isto vai dar em maluqueira. Só eu próprio sei que não vai, porque Tu
mo disseste. Só em Ti confio e já Te disse centenas de vezes que só quero fazer
o que Tu mandares. Ouves esta voz a perguntar-me como sei eu que estas
estúpidas vigílias foste Tu que as quiseste? Ouves? Então responde-lhe.
Explica-lhe para que são estas estúpidas vigílias, porque os Teus Objectivos eu
não os conheço, a não ser que me queres perfeita Imagem Tua! Procuro uma
resposta Tua dentro de mim e não a encontro. Tenho medo de estar forjando
respostas para pôr na Tua boca. Vê esta miséria, Jesus, que até está aflito com
medo de que Tu lhe peças para jejuar!… Não queres dizer nada, meu Senhor? Não
vês que só Tu me podes fazer sair daqui desta vozearia do senso comum? Guia ao
menos o meu ouvido ou o meu dedo para o que disseste outrora a pensar em mim!
Egoísta! –v ouvi eu, como Tu sabes. – Julgas que Deus não tem mais em que
pensar? Não estão milhões de pessoas sofrendo horrores em todo o mundo? E tu a
pensar em ti, em ti, em ti! Vês, Jesus? O senso comum tem sempre razão, mas eu
estou prisioneiro das Tuas malhas e por isso tens que ser Tu a tirar-me daqui,
se e quando quiseres. Sinto-me, de facto, abandonado a Ti, como Tu tanto me
pedes através da Vassula. Não faço nada sem Tu mandares, pronto! Conversa de
chacha! – ouves de novo, não ouves? Então conduz-me já àquela palavra que outrora
disseste expressamente para mim. Eles não sabem que Tu me tinhas em mente
sempre que falaste, outrora. Eles não sabem que todas as dores do mundo se
curam assim com figuras destas, ridículas, egoístas, escrevendo ajoelhadas a
pedir que lhes cures o coração. Vá, Jesus, guia-me à Tua Palavra de outrora,
para eu saber o que queres de mim, mim, mim, mim, mim, mim!
Sem comentários:
Enviar um comentário