O Deserto para onde Jesus me conduziu e onde
vivo ainda é isto mesmo, este mundo erguido pelas nossas mãos e onde todos
vivemos. Era aqui o Paraíso, que vimos sistematicamente desertificando – aqui será
de novo o Paraíso, mais belo que o primeiro, porque Deus é Amor e é
irredutivelmente fiel.
4/3/95 – 9:45
Jesus, de facto,
conduz-me com Mão firme e Braço forte através do meu sono, dos precipícios e
das areias deste meu, deste nosso mirrado Deserto em que só a noite pode
proporcionar algum alívio e permitir algum sossego para ouvir a Voz misteriosa
do Guia dando instruções sobre o Caminho, tentando explicar o porquê do Deserto
e da necessidade desta travessia, semeando na alma as razões de Esperança,
revelando no silêncio os Mistérios grandes do Reino da Abundância que germina
já para lá das areias, por baixo das próprias areias que pisamos. Diz Ele que
vai chover. Chover muito. Quarenta dias e quarenta noites. E que será então o
próprio Deserto, onde há sempre muito sol, que oferecerá aos olhos deslumbrados
dos homens, a Grande Surpresa: aparecerá fervilhando de vida estonteante, belo
no colorido das milhentas espécies das suas flores, carregado de frutos para
todos os gostos, para todas as fomes!
Jerusalém, profanada
e destruída muitas vezes, continua lá clamando por Pureza e Santidade, com o
Filho de Deus bem erguido naquela Cruz atraindo tudo a Si. Ah! Deus é teimoso!
Um teimoso completamente irredutível! Jerusalém não morrerá até que se torne
Nova, exactamente como Ele A sonhou! Deus nunca abandona os Seus Sonhos. Por
Eles, pelos Seus Sonhos, morrerão muitos dos Seus amigos, entregará mesmo por
Eles, pelos Seus Sonhos, o próprio Filho à morte mais horrorosa e infamante.
Mas também a morte
mais espectacular! Há-de ficar bem erguido o Filho ali, fora dos muros, bem no
alto da Colina, para que toda a Cidade O veja, para que todo o mundo O possa
observar. Até que todos se rendam ao Amor e o Grande Sonho se realize!
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