segunda-feira, 4 de julho de 2011
462 — Um sonho a dormir e outro acordado
– 9:01
Uma noite fértil em sonhos. Mais um: eu deveria, numa qualquer soleníssima sessão, fazer o discurso de honra perante uma selectíssima plateia eclesiástica à frente da qual estava… o Papa! Mas eu não havia preparado discurso nenhum, nem sequer tinha os tópicos, esquecera-me até da responsabilidade que pesava sobre mim até aos minutos antecedentes. Só aí comecei a preocupar-me com o discurso e com a reacção da assembleia: é que eu estava admitindo apresentar-me assim, de calça de ganga, fazer o discurso que espontaneamente me saísse, mesmo que fossem só duas palavras muito toscas e anárquicas, aceitar a reacção da plateia, fosse ela qual fosse, mesmo que fosse raivosa. Isto é: eu estava admitindo uma bronca de todo o tamanho! Não chegou a acontecer nada porque, como sempre sucede, neste passo acordei.
– 12:34
O outro sonho é preciso que fique também registado, por causa da absoluta sinceridade que o Senhor me pede nestes Escritos. Este aconteceu de manhã ao levantar e sonhei-o bem acordado: imaginei-me perante uma grande assembleia de gente anónima dizendo: Fiz-me igual a vós em tudo, mesmo no pecado. Contudo, ao tentar articular a expressão “mesmo no pecado”, a palavra “mesmo” era-me bloqueada e em vez dela eu dizia “excepto”. Isto saía-me assim sempre que repetia a frase com intenção de a corrigir. Isto é, contra a minha vontade, a frase saía-me sempre assim: Fiz-me igual a vós em tudo, excepto no pecado! Dizia-a contra a minha vontade, mas envaidecia-me. Pensava num episódio parecido das “Florinhas de S. Francisco” em que o Frei Leão sempre o elogiava, quando S. Francisco lhe pedia que dissesse o contrário. Atenção: este sonho sonhei-o acordado. Por outras palavras: era uma cena completamente imaginada por mim!
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