São muito impressionantes hoje os Sinais de Jesus através dos algarismos. Vejam-se os do início e os do fim da vigília. Vejam-se os da manhã e estes agora. Sei, pois, que a Luz do Pai, as Chagas do Filho e o Poder Vivificador do Espírito estão em mim.
É funda e ardente a Mensagem de hoje: de um lado a generalizada corrupção da Cidade; do outro a Glória do Senhor pronta a manifestar-se, a partir do templo. De facto, o capítulo dez de Ezequiel apresenta-me a espectacular visão dos Quatro Viventes com as suas quatro faces, as suas quatro asas, as suas quatro mãos, as suas rodas, , tudo isto pejado de olhos, todos prontos para avançar, sem retorno (as rodas nunca andam para trás!), às Ordens d’Aquele que está no trono. Nada disto é símbolo mudo. Nada do que o Senhor me dá hoje em alimento é comida fossilizada de há dois milénios e meio! Nada do que o Senhor me mostra é mero espectáculo para os meus olhos, simples entretenimento para o meu espírito. Toda a Palavra que o Senhor me dá é sempre comida fresca, substanciosa, na dose necessária e suficiente no Deserto, neste desgastante trabalho de observar tudo, de assumir tudo, de anotar tudo, sempre possuído pela tensão da urgência. Não é, por isso, nem para o passado, nem para o futuro, nem para ninguém mais, senão para mim, neste momento em que mais ninguém aqui se encontra senão eu e o meu Deus. Por isso ouça-se a Sobremesa que me serviu agora há pouco, através da Vassula (17/12/92): “Pai, eu me consagro, de corpo e alma ao Teu serviço, afim de que os Teus Olhos e o Teu Coração não mais me abandonem; estabelece em mim o Teu Trono real e dá-me as Tuas Ordens; faz-me progredir, na pureza de coração, para cumprir tudo aquilo que me tens dado. Amen”. Sublinhado meu.
Quem sou eu? Que papel é o meu no meio da espectacular visão de Ezequiel? Sou o “homem vestido de linho que trazia à cintura o apetrecho de escriba” (9, 3) e a quem depois o Senhor ordena: “enche as mãos de carvões incandescentes (…) e espalha essas brasas sobre a cidade”? Seja eu quem for, sou sempre alguém a quem o Senhor irá dar as Suas Ordens e que portanto deverá sempre manter-se em posição de avançar. Impressiona-me esta figura “vestida de linho”, com o seu “apetrecho de escriba”, marcando “com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram por causa de todos os delitos que se cometem na cidade” (9, 4). Quem sou eu?
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