– 12:03:40
Será substancialmente novo, relativamente ao antigo, o Paraíso que agora, a passos largos, se está aproximando de nós. Sim, é ele que se aproxima: não é uma conquista nossa; é um Dom absolutamente gratuito do nosso Criador e Redentor. Por nós, sabemos que sempre só um maior mal acontecerá.
Esta não é uma visão pessimista. Não está em causa a grandeza do homem; acabo de chamar para diante dos nossos olhos um gigantesco cenário: a Terra toda esquartejada, devastada, à beira da total asfixia. Não precisávamos sequer que os nossos homens de ciência o dissessem, mas verificamos que pressurosamente o vêm confirmar, a todo o momento, gritando mais alto que todos. É impressionante a Obra do homem! Toda programada para destruir a Natureza; a suposta alternativa que daí pretendíamos tirar, aí está também, escancarada, tão exposta, que só o nosso coração alarmado se recusa a admiti-la: a nossa grandeza tem-se manifestado na nossa impressionante capacidade de destruir. Contrapõe logo o nosso coração, é claro, aquilo que parece uma evidência: há uma imensa Obra construída, na paisagem! Mas o sinal de alarme no nosso coração não desliga; berra cada vez mais esganiçado: Isto não tem consistência nenhuma; pode cair a todo o momento! Cuidado! Mais devagar! Parem! Parem!E vamos parar mesmo. Mais depressa do que julgamos. Porque os nossos olhos se abriram e começámos a ver a nossa verdadeira grandeza descer do Céu, feliz, ao nosso encontro…
Sem comentários:
Enviar um comentário