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Há sempre alguém que nos quer mal. Há um qualquer Ódio na Existência. É claro que não posso demonstrar isto. Mas sinto-o. Não se trata apenas de deficiência e das suas automáticas consequências; trata-se de uma oposição expressa ao Bem, comandada por vontades individualizáveis e personalizadas. Há alguém que não quer que o Bem triunfe. Há alguém que odeia, literalmente. Manifesta-se este ódio, muito logicamente, de forma selectiva. Ele ataca mais onde mais forte vê brilhar o Bem. É frequente ouvir-se dizer que para se triunfar neste mundo não se pode ser bom. Isto parece sugerir que há um qualquer tipo de vigilância contínua sobre o Bem, como se ele fosse o grande inimigo do reino aqui implantado.
Por outras palavras: o Diabo existe e é rei no mundo a que chegamos ao nascer. Um rei atento, com imensos súbditos fiéis ao seu serviço - uma fidelidade, obviamente, não por amor, mas por interesse. Através deste exército de vigilantes bem treinados para controlar os movimentos do Bem, ele tem mantido o seu trono inabalável ao longo dos milénios, tantos quantos de existência tem a Humanidade. Deste ódio e deste controle sobre o Bem fala-nos abundantemente a História. Sempre se ouviu falar dos clamores do Bem esmagado e sempre vimos aqueles que sucessivamente ascendem ao poder em todos os reinos deste mundo - todos sem excepção! - transformarem-se em poderes opressores mais ou menos descarados. E no entanto todo este desesperado Ódio nunca conseguiu calar, muito menos fazer desaparecer a incrível Força do Bem presente no Coração das Coisas. Porque esta força é incontrolável: ela simplesmente acontece!
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