24/1/96 – 3:32
Porque não apareceu a imagem 3:33? – interrogo-me eu, algo magoado. Vi-a aparecer, como ontem também, mas tive que esperar por ela, saudoso. Ela é a imagem dos tempos exaltantes desta minha conversão, o Sinal que me fez iniciar estas vigílias. Três vezes três! – leio agora. A Presença de Deus, Três Vezes Trino! Mas agora, como ontem, o último 3 substituído por 2, Sinal da Testemunha. E a muito custo me chega a Voz do Mestre interpretando assim: a presença de Deus Três Vezes Trino está agora visualizando-se numa das Suas Testemunhas.
A Voz do Mestre! Que é dela, a Voz quente, redonda e terna, que uma vez quase ouvi distintamente? Agora foi como se me chegasse filtrada, muito frágil, através do fragor de um exército inimigo que entre mim e Ela se tivesse interposto. Porque Se afastou assim o meu Guia, o meu Herói, o meu Tudo? Débil sempre, um impulso me pede que abra o profeta Vassula, no sítio onde vou a ler, nas mensagens dos primeiros tempos do seu chamamento… É o dia 31/1/87 e começa assim: “Eu sou. Eu estou aí. Eu, Jesus Cristo, sou o teu Mestre, o teu Esposo e o teu Deus. Salomão, agora escuta-Me com atenção: Meu Pai escolheu-te para seres o Seu mensageiro”. E se alguém me perguntar porque troco os nomes, porque aplico a mim o que foi dito à Vassula, eu respondo outra vez que o Mestre é que assim me ensinou, dizendo-me que a Sua Palavra é sempre para aquele que a procura. Objectar-me-ão que o que vem a seguir é justamente o relato do caso pessoalíssimo da Vassula e eu volto a responder que não, que não é: é o relato do chamamento de Deus a toda a gente, a todos os casos, ao meu também, é o relato da Misericórdia de Deus inclinando-Se, tenso de expectativa, sobre os Seus filhos todos, distraídos pelas ruas da Cidade, perdidos em Babilónia, a Cidade da Confusão, para onde Lhe fugiram. E é aqui caído num barranco, do lado de cá do fragor da Cidade inimiga, sem ver nada porque é de noite, as lágrimas querendo rebentar-me dos olhos, que eu vos digo, meus amigos perguntadores e objectores, que são directamente para mim as palavras que o profeta Vassula escreveu a seguir: “Eu e tu cobriremos toda a terra com a Minha Mensagem. Salomão, tenta perceber o que está escrito. Eu sou a tua Força; por isso não tenhas medo. Todas as revelações que Eu te dou virão a ser postas à luz (…). Dar-te-ei este rio que corre por toda a eternidade em abundância. Depois, como gota de orvalho matinal que cai no solo, enviar-te-ei a toda a humanidade”.
Pronto. Se não acreditardes, não sei que vos faça, porque também eu vosso irmão estou neste barranco à espera que o dia clareie, ouvindo o meu coração bater apressado, tenso de dúvidas e receios. Apenas uma teimosa Fé, muito aninhada debaixo desta minha impotência, me fala e diz que Jesus gosta muito de mim e que por isso não me vai deixar ficar aqui neste fundão mesmo em frente do inimigo, Ele que é o responsável por todo o caminho percorrido no Deserto até agora. Ele vai voltar. Deve ter ido saber dos outros todos que vêm, como eu, do Deserto. E vai reunir-nos todos para a Grande Batalha. Calma, que Ele volta! – digo eu, confiante. – Ele vai voltar!
São 5.24.
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