293 — De repente, o semblante dele mudou

12/1/02 - 4:42
Há dias tive uma conversa com um colega meu, no bar da escola. Damo-nos muito bem e é frequente conversarmos sobre os mais variados assuntos. Ele ouve-me com muita atenção: acha que eu tenho umas “ideias” muito interessantes. Assim desta vez: ele estava acompanhado dum outro colega, a quem chamava a atenção para aquilo que ele achava muito “curioso”. O assunto era, desta vez, aquele que perpassa em todas as páginas desta Profecia: toda a obra do homem destrói a Natureza, desarmonizando e esterilizando tudo em que toca. Vi claramente que ele foi tocado pela evidência desta Verdade, tão simples e luminosa ela nos aparece a todos diante dos olhos. Isto mesmo ele testemunhava perante o outro colega. Mas de repente o semblante dele mudou: tornou-se tenso e carregado e disse-me: “Espera aí! Tu és perigoso! Se pudesses, destruías a Civilização inteira!”. E perdeu, pela primeira vez, o respeito pelas minhas palavras, dirigindo ao colega expressões abandalhantes a meu respeito.

Vi neste acontecimento um aviso muito claro: a Mensagem que transporto seduzirá as pessoas num primeiro momento com a sua luminosa simplicidade. Mas quando elas atentarem nas suas consequências, sobretudo quando, pelo número dos que a ela aderirem, ela se tornar imordaçável, veremos o mundo alarmar-se até à perseguição feroz de quantos tiverem o coração seduzido por esta Verdade e começarem a pô-la em prática.

A minha febre não quer baixar, desta vez. Faço sempre quanto posso para evitar os medicamentos. Mas o calor aperta na cabeça de forma especial, sei que é perigoso e tomei já, por duas vezes, um antipirético. Estou tentando a todo o custo evitar os antibióticos pelos meios que até aqui resultaram: em vez de me meter na cama, faço sobretudo esforços que obriguem o corpo a transpirar. Mas mesmo em relação aos comprimidos que tomei, foi com muita pena e alguma apreensão que o fiz: não deveria eu confiar em que os meus Amigos do Céu me curassem? Há, de facto, um Arcanjo no Céu, cujo nome, Rafael, significa precisamente “Medicina de Deus”. É ele o mensageiro do Altíssimo sempre que em todo o Universo é necessário curar uma ferida. Só o faz, é claro, quando a Natureza, privada do seu jardineiro, contrai qualquer lesão ou quando o homem não rejeita a sua intervenção. Ele cura, porém, mesmo quando o deixamos ou chamamos a actuar, segundo a Visão amorosa de Deus e não segundo a nossa lógica ou os nossos imediatos interesses.

Ainda nunca me lembrei de recorrer a este Arcanjo de Deus, tão centrada está a minha vida em Jesus, que eu considero o único Mediador e Despenseiro de todo o Bem. Mas é bom nós tomarmos consciência de que Jesus tem à Sua volta todas as legiões de Anjos de que Ele precisar, em cada situação. Não porque Ele não seja capaz de fazer tudo sozinho - Ele basta-Se a Si mesmo. Aliás não deixa de ser Ele próprio a actuar quando a um Anjo é confiada uma qualquer missão; o que Ele deseja é que todas as Suas criaturas participem na Sua Omnipotência e assim se sintam felizes.

Para o meu amigo da escola, que possivelmente se vai afastar de mim, tudo isto é oco: ele confia apenas no poder curativo da Civilização…

São 6:19!