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Choro agora, ao ler, nestes Escritos, o que sobre a Espera do Pai está escrito, de como Ele aguarda pacientemente que a última espiga da Seara esteja madura e de como o Espírito Lhe executará a Hora, quando Ele a tiver decidido! Mas quero agora destacar do que li estas palavras: “Às vezes custa muito esperar. Mas isso é porque não vemos o Dom do momento presente…”. E ainda estas, com que termina o texto desse dia: “Sossega, Paizinho, eu espero o tempo que for preciso. Gosto muito, muito de Ti” (10/5/98).
É agora sobretudo com os próprios textos que eu escrevo que Jesus me ampara e robustece a Fé. Eles revelam um contínuo jorrar da Misericórdia de Deus sobre mim, sobre a terra inteira. E a Misericórdia sinto-a agora mais que nunca como esse Rio quente que envolve todas as raízes da vida, protegendo-as e esperando que elas acordem e se agarrem com força ao fundo, esperando sempre, para além mesmo do tempo absurdo em que as sente apodrecidas: misericórdia é justamente ter o coração junto da mais confrangedora e repelente miséria. Deus tem aí o Coração. E o Coração é o Princípio da Vida, tão forte, tão indomável, tão seguro na sua imortalidade, que é capaz de inverter o processo de decomposição das células já mortas. Basta que o Livre Arbítrio que comanda essas células aceite receber o Fluxo carinhoso da Misericórdia de Deus.
Eu quero receber este Fluxo, agora mais que nunca…
- Maria, explica-me o que agora mesmo me aconteceu.
- Diz o que foi.
- Reli o texto escrito e não me lembrava minimamente de o ter gravado.
- Como? Pareceu-te estar a lê-lo pela primeira vez?
- Exactamente: o que fora escrito minutos, segundos antes, parecia-me inteiramente desconhecido. Não me lembrava de o ter escrito.
- E gostaste do que leste?
- Muito. Pareceu-me tudo novo.
- Nenhuma preocupação?
- Uma leve suspeita, sim: admiti ter sido acometido por um ataque de amnésia.
- E que concluíste?
- Ainda muito nebulosamente, estou vendo nesta amnésia um Dom do Céu…
- Sim? A amnésia não é uma falha, um defeito? Como é possível ver nela um Dom de Deus?
- A pouco e pouco foi-se clareando dentro de mim a sensação de que o Pai me quis assim mostrar a fecundidade deste meu tempo de espera, em que à primeira vista tudo parece permanecer imutável.
- Então aconteceu um milagre!
- Sim, uma intervenção muito forte e directa do nosso Pai, através do Seu Espírito!…
- Então não se tratou de uma verdadeira amnésia!?
- Não sei. Nem isso importa: tudo, nas Mãos de Deus, é uma força viva, que sempre constrói.
- Mas queria ainda fazer-te uma pergunta: uma outra pessoa, em quem esta “amnésia” não aconteceu, não verá, no que ficou escrito, apenas uma repetição de coisas já ditas?
- Uma pessoa que não espere o Dom de Deus nunca chegará aqui na leitura desta Profecia: nada mais verá nela do que fastidiosas repetições.
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