15/8/00 — 15:36:47
Aqui, à sombra destas árvores, onde já coisas tão grandes me foram reveladas, sou subitamente possuído de uma sensação estranha: ninguém vai conseguir ler tantas páginas, porque elas são preenchidas com meia dúzia de novidades, apenas; o resto são repetições fastidiosas, que levarão as pessoas a uma progressiva desmotivação. E esta sensação volta depois de eu ter afirmado várias vezes que não há aqui uma única repetição!
Que desolador é este estado de Alma! E logo hoje, no dia em que celebramos o triunfo pleno da nossa Mãe!
— Preciso que me ampares, Mestre. Mais uma vez dou as voltas todas que posso ao meu coração e não encontro lá nenhum indício de ter feito alguma coisa errada. Explica-me esta situação, Mestre!
— Há alguma possibilidade de o Mistério de Deus se ter esgotado?
— Não, nenhuma.
— Há alguma possibilidade de se ter esgotado o Mistério da tua Alma?
—Também não, não há a mínima possibilidade: ela é uma Semente de Deus!
— Em que circunstâncias é que te repetirias então?
— Passarei a repetir-me a partir do momento em que não seja Deus ou a minha Alma aquilo que eu revelo.
— E onde encontras Deus?
— Na minha Alma.
— E onde encontras a tua Alma?
— Dentro de mim, não sei onde.
— E como fazes para ouvir Deus na tua Alma?
— Procuro quanto posso desligar-me de todas as outras vozes e tudo aquilo que neste Silêncio por qualquer via vem ter comigo assumo-o como Voz de Deus e registo-o.
— Voz de Deus porquê?
— Porque Ele me ama muito.
— O Céu é amar. Achas que o Céu é feito de fastidiosas repetições?
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