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Pouso nos Mistérios como a abelha pousa na flor, colho o néctar que posso naquele momento, colho mais néctar noutras flores e volto à primeira flor mais tarde e sempre mais néctar aí encontro.
Quantas vezes já poisei no Mistério da Culpa, que tanto sofrimento causou! E no entanto sempre a ele volto, certo de aí fazer uma nova descoberta. Nunca como esta noite vi com tamanha clareza o motivo por que não fomos já completamente esmagados pelo nosso Pecado! Tenho dito sempre que Quem assim tem evitado a nossa destruição é o próprio Deus, que segura com a Sua Mão omnipotente, sobre as nossas cabeças, o peso da Iniquidade acumulada pelo Pecado. E é esta a Verdade. Mas para além da Sua Misericórdia, que olha para nós e se enternece com a nossa cegueira e fragilidade, vi hoje que está actuando a Sua Justiça: a Culpa não é só nossa! Seria, portanto, injusto que suportássemos sozinhos um peso que alguém, mais culpado do que nós, colocou sobre as nossas costas. Mais ainda quando esse Culpado foi a origem da nossa Desgraça e continua sendo o gestor universal e impune desta verdadeira fábrica de sofrimento. Era, pois, urgente que ele fosse descoberto e escancarado diante dos nossos olhos em toda a Verdade da sua perversão e do seu ódio. Era necessário ter diante dos nossos olhos, em toda a sua nudez, o “pai da Mentira”, o “Assassino” que desde o princípio se vem alimentando com a nossa Dor.
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