6/5/99 – 19:38:31
A relação que Deus quer que tenhamos com Ele é uma relação de amor apaixonado. Enquanto este estado se não verificar, não existe verdadeira relação com Deus. Deus é Amor em todo o Seu Ser e em toda a Sua Expressão; qualquer relação com Ele não pode, portanto, ser outra que não seja uma relação de amor, amor sem mistura, amor apenas. E não existe amor mais ou menos, amor morno, amor frio; o amor é sempre a máxima vida, é sempre apaixonado. Todas as criaturas amam apaixonadamente o seu Criador. Amar apaixonadamente é estar ligado de uma forma tão estreita ao ser amado, que tudo o que é de um se repercute no outro como se passasse para ele através do canal da vida; cortado esse canal, morrem os dois.
É assim que a flor ama apaixonadamente Deus. Ela ama-O em toda a sua capacidade de amar. Escancara, da forma mais perfeita que pode, tudo quanto d’Ele recebeu. É como se dissesse: vede como o meu Senhor é bom! E no esplendor da sua beleza ela diz a quem passa que se sente muito feliz por ser criatura de um Criador assim. Ela ama o seu Amado com autêntica, imanchada paixão. E Deus não pode senão sentir uma ardente ternura por este pequenino ser que não sabe o que mais há-de fazer para anunciar a todo o mundo a Delicadeza apaixonada do Artista que a fez.
Mas não é só a flor, no espectáculo do seu colorido, que está proclamando a sua inocente paixão. Olhemos, por exemplo, para seres muito mais discretos que a flor. Para uma gota de orvalho, por exemplo. Para a folha da ervinha, por exemplo, em que a gota poisou. Não parecem amantes eles os dois? Não estão ambas, folhinha e gota, falando muito alto d’Aquele que os uniu em tão natural harmonia? Não estão estes dois pequenininhos seres manifestando todo o reconhecimento que podem a Quem visivelmente os fez tão felizes? E não há-de Deus olhar embevecido estes Seus dois tão frágeis pequeninos assim a exibirem, sem nenhuma reserva, tudo quanto d’Ele receberam?
Mas se quiserdes podemos contemplar qualquer coisa de grandes dimensões. Um penedo daqueles grandes, por exemplo. Uma árvore daquelas enormes. Uma montanha inteira, muito alta e alongada. O nosso Planeta Azul todo. Uma galáxia inteira, que nos dizem que existe e tem uma dimensão que esmaga a nossa capacidade de entender. Vede se não estão todos estes gigantes falando aos berros da omnipotência do seu Dono e Senhor. Vede se não gostam d’Ele quanto podem gostar. Vede se não Lhe obedecem como amantes. E vede que incendiado amor Deus não sentirá por todos eles!
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