Ele
era a Luz e veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam - está escrito no Evangelho de João. Os Seus
somos naturalmente todos nós e até hoje não O recebemos. Pode isto parecer um injusto
exagero. Não é, conforme tenta mostrar a mensagem seguinte:
Porque é que a Luz não iluminou há mais tempo a nossa situação, para que
a reconhecêssemos perversa?
A Luz sempre brilhou sobre nós. Mais ainda, ela viveu entre nós, em
todos os cantos e ruas da nossa Cidade, mas a sofreguidão pelo êxito da nossa
Obra encerrou-a sempre debaixo dos pisos das nossas estradas, nas caves
profundas dos nossos edifícios, para que não nos iluminasse, para que não nos
incomodasse. Tal como um adolescente a caminho da plena juventude, nós fechámos
os olhos e os ouvidos à Verdade, gulosos de independência à nossa maneira, até
que, mais tarde, às vezes muito mais tarde, reconhecemos que “os velhotes
tinham razão”. Teve que ser a nossa própria experiência a levar-nos à Verdade!
A Humanidade só agora está chegando à fase da sua experiência em que
começa a ver o caminho seguido como errado. Deus há muito tempo que Se calou,
impotente, como os pais do adolescente, cujas advertências são sistematicamente
recebidas com desdém. Mas não ficaram inactivos os nossos Pais do Céu:
adaptaram-se ao nosso estilo de vida, comeram da nossa comida, dançaram aos
nossos ritmos para não Se afastarem de nós. Agora, cansados nós e Eles, estamos
prestes a parar um longo, misterioso momento. E quando reconhecermos que “os
velhotes tinham razão”, Eles ali estarão, felizes porque vimos a Luz! (Dl 29, 8/11/04)
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