Todos
os que se reclamam do Nome de Jesus afirmam que Ele é o Libertador ou, mais
comummente, o Salvador. É suposto então que vivemos escravizados, ou em
permanente perigo de vida. E, mais ou menos conscientemente, mais ou menos
permanentemente, é esta a sensação que temos, todos nós. Por isso, em momentos
cruciais da nossa História, colectiva ou individual, nos agarrarmos a alguém que
nos tire desta dolorosa sensação. Às vezes há alguém que consegue acalmar-nos,
mas não passa disso: a sensação volta, geralmente mais dolorosa. Será que não terá
um fim definitivo esta permanente ameaça? Talvez a mensagem seguinte lance
alguma Luz sobre esta chaga sempre aberta nas nossas vidas…
Saber que tenho nas mãos o Remédio para curar todas as chagas da
Humanidade e eliminar da terra todo o sofrimento para sempre e verificar que
ninguém o quer, haveria de me destruir todo por dentro se eu próprio não
participasse da insensibilidade de todos os que assim rejeitam a sua Salvação.
É para mim hoje absolutamente claro: Jesus é a Salvação radical e
definitiva de toda a Dor em todo o Universo. Mas isto não é um dogma; é só uma
Luz que continua alastrando. Eu não sei nada; vi assim com o coração, de tal
maneira que estou disposto a dar a vida por aquilo que vi, mas a Luz não parou
de iluminar. Ignoro por isso tudo o que está para vir e menos ainda conheço o
caminho que cada um deverá percorrer. Vi apenas porque amei. Esta minha visão é
toda feita de Amor. E só o Amor verdadeiramente conhece.
Mas o Amor é uma Fonte que jorra sem princípio e nunca terá fim. Por
isso o Amor nunca pode ser imobilizado em ciência. Se eu o tentar fazer,
deixarei de conhecer a Salvação da terra e passarei a ser um novo agente de
sofrimento. Por isso o Amor nunca forçará ninguém a seguir a Luz que dele
jorra, nem o próprio Amor sabe o que poderá surgir de um coração iluminado, já
que dele passará a jorrar a mesma Fonte que ninguém pode abarcar ou dominar,
porque não teve princípio nem terá fim.
Mas como cheguei eu ao conhecimento desta Fonte? Mais uma vez, não sei.
Aconteceu, apenas, e nunca mais parou de acontecer. Que poderemos então fazer
para que aconteça em nós o Amor? E não sei outra vez. Só posso relatar aquilo
que aconteceu em mim, com a linguagem que tenho, com todos os meios ao meu
alcance. Só deixando jorrar a Fonte que se abriu em mim. E espero que esta
narração possa desobstruir a mesma Fonte em muitos corações. Não posso fazer
mais nada. (Dl 29, 3/11/04)
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