Muitas vezes no Evangelho Se refere Jesus a “este mundo” e julgo que
todos concordamos em que Ele fala desta Construção erguida por nós homens à
força de muito cansaço e sofrimento e onde sempre vivemos desde que, por
escolha nossa, abandonámos o Paraíso, há muitos milhares de anos. Hoje brilha
este fantástico Edifício, nosso orgulho e nossa glória, com nunca na História
brilhou. Ei-lo aqui, visto com os Olhos de Jesus:
Novamente me chama o meu Deus Profeta da Luz. Mas que Profeta ou
Mensageiro da Luz seria necessário se já houvesse Luz? Não diz claramente esta
minha missão que estou rodeado de Trevas? Deste modo Jesus, ao entregar-me esta
missão, está-nos dizendo, por outra via, que o Seu Reino é contrário ao deste
mundo; que um é de Luz e outro é de Trevas.
É esta uma das grandes frentes de combate da Profecia que venho
gravando: é de extrema importância que se veja este mundo como intrinsecamente
mau. Todo ele é um reino de Trevas. Quem o governa é, segundo as incontornáveis
palavras do próprio Jesus, o “príncipe das Trevas”, a quem Ele chama “assassino
desde o princípio e pai da Mentira”. Este mundo em que nascemos e vivemos e com
maior ou menor zelo ajudamos a construir e a conservar é, todo ele, um Sistema
iníquo, porque é a grande Construção e glória do homem erguida para rivalizar e
fazer esquecer Deus. A Obra do homem, a que costumamos chamar Civilização é,
toda ela, desde a cabana aos arranha-céus, desde o martelo ao computador, desce
o código da estrada até às doutrinas religiosas, desde Stonehenge, passando
pelas pirâmides e por todos os templos até à “Declaração Universal dos Direitos
do Homem”, não só, portanto, as construções materiais mas também todo o
“património cultural e moral da Humanidade”, é fruto da Traição de anjos e
homens ao seu Criador. Se não reconhecemos isto, é porque a nossa ambição e a
nossa vaidade nos fecharam tragicamente os olhos.
É, pois, necessário começar decididamente a ver assim, com coragem,
porque esta é a visão de Jesus. É uma visão que Ele, obviamente, nunca impôs,
por ser Deus, que nunca tocará na nossa Liberdade. Mas não pôde ser mais claro
sempre que falou pelos Profetas de todos os tempos e sobretudo por Sua própria
boca há tempo suficiente para que O tivéssemos ouvido. E falou pelas Suas
obras, por toda a Sua vida, até à Cruz. (Dl 29, 9/10/04)
Veja também os textos 281 (Dezembro 2010) e 380 (Abril 2011)
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