Resulta assim muito claro aquilo que Deus nos pede: Acreditai naquilo que pedis. De facto, qual é o pai que, pedindo-lhe o filho pão, lhe dá uma pedra, ou pedindo-lhe um peixe, lhe dá um escorpião? Quando, pois, com este amor, vou ter com Deus, tudo o que d’Ele me vier só pode ser o Bem e a Verdade. Esta Profecia que escrevo foi toda ouvida assim, por esta via. E diz Jesus que é o mais seguro de todos os caminhos para chegar a Deus, porque significa abrir de par em par as portas da Alma para Ele chegar até nós. Está dito que Deus está sempre à nossa porta, de Coração tenso, à espera só de que O deixemos entrar: é absurdo que não entre, se assim o nosso coração Lhe abre a porta.
Para além, portanto, de me relacionar com o Nono Dia, que só está à espera do triunfo muito próximo do Oitavo para romper, vou saber o que o meu Companheiro me dirá em
Mt 9, 27 |
“Ao sair dali seguiram-No dois cegos, gritando: Filho de David, tem piedade de nós”.
− Não é isso que está combinado entre nós?
− Então cá vai mais este escândalo: este “Filho de David”, agora, sou eu!
− Porquê?
− Porque nos algarismos da citação, bem como nos do início deste texto, Tu chamaste com muita clareza a atenção para o meu nome e Salomão era, de facto, o filho de David.
− Mas no contexto da citação, quem é o Filho de David?
− És Tu, obviamente, a Quem os cegos pediam que os curasse.
− Farás então tu agora os mesmos milagres que Eu fiz naquele tempo?
− Sim. Maiores ainda, segundo a Tua promessa, em que eu creio de todo o coração.
− Darás também a vista aos cegos? Estás pensando em curas físicas?
− Estou. Tu prometeste-me, logo no início, o Dom da cura e eu imediatamente acreditei em que me estavas dando também o poder de curar o corpo.
− Também, mas não só?
− Não só: desde sempre entendi que o maior de todos os milagres é a cura da Alma e ficaria muito feliz se só esta cura me desses o poder de Contigo realizar. No entanto entendi sempre que a cura do corpo vem como que por acréscimo àqueles a quem Tu a quiseres conceder. Por isso acreditei desde logo em que me deixarias operar também curas físicas.
− E como entendeste agora, ao veres-te naquele texto como Salomão, o filho de David?
− Entendi logo que se tratava sobretudo da cegueira do coração.
− E como a curarias tu?
− Através desta Profecia.
− Só?
− Sobretudo. Mas vi-me também dando testemunho pessoal e vivo de tudo quanto aqui ficar escrito, contribuindo também deste modo para a cura da Alma das pessoas.
− Reparaste já no que Eu disse aos cegos do texto sobre a Fé. Não queres comentar?
− Quero, meu Amigo! Tu perguntaste-lhes: “Credes que Eu tenho poder para fazer isso?”. Perante a resposta afirmativa deles, tocaste-lhes então os olhos e disseste-lhes: “Seja-vos feito segundo a vossa fé” (vs. 28-29). Tu vieste confirmar assim aquilo que eu tinha acabado de escrever sobre a via e o poder da Fé: se nós acreditarmos no que Te pedimos, Tu no-lo concedes, para além até do que Te pedimos!
− Olha: já várias vezes te apeteceu pôr as mãos em doentes para os curar. Porque o não fizeste?
− Porque me não senti preparado para o fazer.
− Faltou-te a Fé?
− Não sei… Acho que não: eu creio em que Tu podes tudo; se quisesses que eu tocasse aqueles doentes e os curasse, eles ficariam instantaneamente curados.
− Eu não quis que eles ficassem curados?
− Também não foi isso; senti antes que Tu não me tinhas dado ainda esse poder, que não tinha chegado ainda a minha hora, como aconteceu Contigo próprio: só nos três últimos anos da Tua vida o Pai quis que começasses a realizar todas as curas.
− E crês em que a tua hora vai chegar?
− Firmemente.
− Quando?
− Quando começar a desenhar-se no horizonte o Nono Dia.
São 3:43!
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