− Vem, Mestre. Vêm de Ti todos os Sinais que nos orientam e vem de Ti também a interpretação que possamos dar à sua mudez. O mundo diz que estamos no território da pura subjecatividade e portanto não dá valor nenhum aos Sinais, muito menos à sua interpretação.
− É lógico: se Me não dá valor a mim, como há-de dar valor àquilo que vem de Mim?
− É bem certo, Mestre. De tal maneira é contrário a Ti o mundo, que ser desprezado ou perseguido pelo mundo é indício seguro de que estamos caminhando em direcção a Ti.
− Tu és perseguido pelo mundo?
− Aparentemente, não. Tenho até recebido vários elogios por aquilo que faço na Cidade.
− Isso deveria ser então Sinal de que não estás caminhando em direcção a Mim, não?
− Tu mandas dar a César o que é de César. É por cumprir este Teu preceito que recebo elogios de César.
− Não sou então tão contrário ao mundo como tu afirmaste.
− Mas é que aquele Teu preceito tem uma segunda parte: é preciso dar a Deus o que é de Deus.
− Se não tens sido perseguido pelo mundo, devo concluir que não tens dado a Deus o que é de Deus?
− Só há cinco anos soube verdadeiramente o que é dar a Deus o que é de Deus.
− Não davas ainda a Deus o que é de Deus?
− Não: eu era fundamentalmente um zeloso servidor da Cidade. Mesmo quando julgava estar a servir Deus, era a ela que eu estava servindo.
− E há cinco anos passaste a dar a Deus o que é de Deus?
− Acho que sim, Mestre. Estou agora orientado em direcção muito diferente. Julgo que se chama a isto conversão.
− Que dás tu a Deus agora, por exemplo, que não davas antes?
− O tempo. Raramente parava para Te ouvir; agora passo longas horas junto de Ti.
− E tens sido perseguido por causa disso?
− Não. Ninguém sabe verdadeiramente ainda o que faço nestas horas.
− Não se confirma então o que disseste: voltar-se alguém para Mim não implica necessariamente ser perseguido.
− Isso é porque Te estás ainda só formando no segredo das minhas entranhas: quando nasceres, ver-se-á o que Te fazem.
− Sou Eu que Me estou formando em ti?
− És, Mestre. Com enorme fúria, absorvendo-me todas as energias.
− É então a Mim que perseguirão, quando Eu nascer?
− É, Mestre. Foi isso que disseste a Saulo de Tarso: ao perseguir os Teus discípulos, era a Ti que ele perseguia.
− E quando nascerei Eu de ti, agora?
− Não sei. Como uma mãe não sabe ao certo quando é o parto. Só suspeito e espero que o Teu Nascimento coincida com a divulgação pública destes Escritos.
− E quando será isso?
− Pelo Outono do ano dois mil.
− Agora conta o que se passou dentro de ti.
− Um grande abalo. Por motivos óbvios, eu não queria escrever aquilo.
− Quais são os motivos óbvios?
− É uma previsão muito exacta, daquelas que se podem testar dentro em breve. Tive, por isso, medo de que pudesse não se cumprir esta previsão. Além disso Tu nunca marcas acontecimentos futuros assim com esta precisão… Tudo isto e o medo de Te estar ofendendo com a minha falta de Fé me abalou muito.
− Porque o escreveste então?
− Porque foi assim que me apareceu no espírito, de forma muito clara e determinada e foi a isto que eu sempre chamei ouvir. Eu ouvi, portanto, assim, muito claramente. Ainda tentei evitar escrever aquelas palavras, mas não foi possível.
− Não foi possível? Porquê?
− Por causa daquele fenómeno que me acontece frequentemente: procurei no meu espírito alternativas para continuar o diálogo, mas não as encontrava. Escrever o que escrevi tornou-se, portanto, uma fatalidade.
− Foste forçado?
− De maneira nenhuma: se eu não quisesse escrever assim, não escreveria. O que se tornou impossível para mim foi desobedecer a esta minha Voz interior.
− Impossível porquê?
− Porque Te amo.
− Então fixa: no Outono do ano dois mil quero estas palavras na rua!
− Estás a interpretar-me aqueles Sinais do início, não estás?
− Sim, estou iluminando o teu coração, para que os interpretes segundo está escrito na tua própria Alma. Diz o que vês neles.
− Nos zeros, o Espírito; no 8, a Tua Mãe; na imagem 1:11, uma grande Luz − a Luz de Deus Trino.
− Interpreta agora os Sinais no seu conjunto.
− Pelo poder do Espírito Santo uma grande Luz surgirá de novo na terra, através da Tua Mãe.
− Que grande Luz é essa?
− És Tu, meu Amigo, meu Mestre e meu Deus!
− E quem é a Minha Mãe?
− É Maria de Nazaré, Rainha do Céu!
− Não acabas de dizer que és tu?
− Eu sou o corpo esgotado de uma longa gravidez, sim, mas é agora em mim que a “Mulher vestida de sol” dará à luz de novo em carne!
São 3:25!
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