Resisto ainda em admitir a Presença de Deus em todos os momentos e em todas as situações da minha existência. Fizemos tudo quanto pudemos para banir Deus do nosso planeta, mais ainda das nossas vidas, para sermos, dizemos nós, livres, autónomos. E falamos muito das nossas realizações e do nosso poder. Cada vez mais muitos de nós aderem às filosofias orientais que falam muito do poder da mente e desenvolvem complicadas técnicas para lhe desenvolver a capacidade. Fazemos, de facto, tudo quanto podemos para dispensar Deus.
Mas veio o Mestre hoje dizer-me, mais uma vez, pela via “biológica” e pela via “mental”, que nós somos mesmo nada e que aquilo que fizemos até agora foi atrofiar todas as capacidades que Deus para nós sonhou. Cada um de nós é um completo Sonho de Deus e os Sonhos de Deus são como Ele próprio: não têm fronteiras a fechá-los, não têm limites. E são, no momento em que são sonhados, realidades puras, em concretização imparável no tempo. Porque o Nome do nosso Criador é EU SOU!
Por isso deixemos o nosso bom Sonhador concretizar os Seus Sonhos. Se, deslumbrados com a dimensão do Sonho que cada um de nós é, dele nos apoderarmos para o tornarmos nosso, é claro que a partir desse momento o começamos a desfigurar e das nossas mãos sairá apenas a monstruosidade e a dor. Gentes: é de Deus o Sonho que nós somos. Que ridículo e absurdo é querermos roubar-Lho! Não tem que ser Ele a concretizar o Seu próprio Sonho?
Ainda me custa abandonar-me ao meu Deus e fazer apenas, só, inteiramente, a Sua Vontade. Exprimi-me mal: deixar que se faça a Sua Vontade. O prazer e a sua ausência, a alegria e a dor – tudo deverei aceitar tranquilamente: só o meu Sonhador sabe como há-de reerguer o Sonho que tentei destruir-Lhe.
São 6:24.
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