VVD, 4/12/90 |
E a Voz do Senhor está aqui gravada como segue:
“Os teus louvores não são inúteis; ama-Me e louva-Me sem descanso, porque esses louvores e invocações Me são bem aceites, se vêm do teu coração”.
Não largo este meu Profeta. Pareço ter com ele uma ligação visceral. Outros Profetas do nosso tempo estou tomando contacto com eles, leio-os com reverência, mas até agora nenhum se me colou tanto ao coração como este. E ainda há bem pouco tempo tudo aquilo que se me apresentasse como visão ou audição de Vozes do Céu o considerava pura charlatanice! Por isso me surpreendeu a mim próprio a adesão tão espontânea e tão intensa a este Profeta logo desde o início. E passei a dar-lhe o realce que dou à Escritura! Mas…antes do juízo da Igreja? Nem sei. A igreja de Roma está voltando atrás no juízo apressado que fez condenando a Vassula justamente porque um clamor de vozes se elevou de todos os cantos da terra dizendo que através dela receberam Deus e apontando os prodígios e sinais que este Profeta vai deixando pelo caminho. E não sei se não será este o verdadeiro juízo da Igreja. Também a Jesus e à primitiva Igreja os homens da Sinagoga os condenaram. E que é a Instituição eclesiástica hoje senão a velha Sinagoga que se sentou na cátedra de Moisés encobrindo o Coração de Deus?
Mas a Instituição faz parte do meu corpo pecador.
– Por isso, Mestre, vem falar-me da Tua Igreja, se for da Tua Vontade…
– Não queres antes que falemos sobre aquele texto que citaste?
– Agora de repente senti que aquele texto fala justamente da Tua verdadeira Igreja.
– Explica, Meu querido amigo.
– A Tua Igreja é formada precisamente por aqueles que Te amam e Te louvam sem descanso.
– Essa imagem que te veio ao coração gostava que a registasses.
– Caim e Abel.
– Que foi que a ela te conduziu?
– As Tuas palavras quando dizes: “porque esses louvores e invocações Me são bem aceites, se vêm do teu coração”. Também a oferta de Abel foi por Deus bem aceite, enquanto a de Caim foi rejeitada.
– Porquê, sabes?
– Porque Caim, sedentarizando-se, ofereceu frutos da terra, de que se tinha apropriado. Foi sempre assim que interpretei. Abel louvava-Te a Ti como Dono das coisas que Te oferecia; Caim oferecia coisas roubadas ao seu Dono, manipuladas pelas suas mãos – ele exibia méritos.
– Não lhe vinha do coração a sua oferta?
– Não: vinha-lhe da sua propriedade.
– Quando alguém se apropria das coisas, elas deixam de lhe vir do coração?
– É isso precisamente: elas vêm-lhe do sítio onde as esconde, longe do coração. Por isso tantas vezes dizes na Vassula “os Meus Abéis” e tantas vezes falas com mágoa dos Cains que Te traíram, apoderando-se da Tua Vinha.
– Como é então? Quem declara verdadeira ou falsa uma profecia?
– Só Tu o podes fazer.
– E onde estou Eu, para que possa ser ouvido?
– Estás só e sempre nos corações das pessoas.
– Mas isso não é vago?
– Vagos são os dogmas e as proposições doutrinais, que não vêm do coração e Te abstractizam como Pessoa, como nosso Deus vivo e como nosso Irmão de carne.
– Quem então distinguirá, na Minha Igreja, os Cains dos Abéis, as ofertas falsas e as verdadeiras?
– Tu. E não sei que faça: não posso sair daqui.
– Sabes o que te dirão: não sais daí porque te não queres sujar na realidade e por isso te manténs em princípios, também abstractos.
– Eu sei, Mestre.
– E que lhes responderás?
– Que a partir do momento em que houver interpretações “oficiais” que se imponham a todos, teremos de novo entrado no caminho da apostasia.
– Mas eles vão insistir: como distinguiremos o trigo do joio?
– E eu pergunto-lhes se não leram o Teu Evangelho quando nos mandas deixar crescer o joio juntamente com o trigo para que, arrancando o joio, não arranquemos com ele também o trigo. Quando chegar o tempo da ceifa, Tu próprio ordenarás aos ceifeiros que, então sim, separem o trigo do joio e juntem este para ser queimado.
– É preciso separar, então, de qualquer forma!?
– É.
– Quem separa?
– Tu. Agora e no Juízo Final.
São 5:06!
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