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Mesmo relativamente a acontecimentos futuros, Jesus muito raramente me faz uma revelação directa; quase sempre me leva a ler os Sinais dos tempos a partir do presente.
Está, de facto, cada presente cheio de Sinais do futuro. A questão é reparar neles. E, mais do que reparar neles, vê-los conforme a Verdade. Muitos apontam coisas e acontecimentos como sinais anunciadores de realidades futuras, numa tentativa de se precaverem contra surpresas desagradáveis, ou de dominarem os seus semelhantes, ou simplesmente de obterem proventos materiais. Mas a Verdade é uma força indomável que sempre acaba por lançar por terra os projectos que se lhe opõem e as precauções que a pretendem dominar.
É necessário, portanto, para se lerem com sabedoria os Sinais do futuro, conservar o coração docilmente submetido à Verdade. Trata-se, porém, de uma submissão que produz o efeito contrário à submissão praticada neste mundo: enquanto esta oprime e mutila, a Verdade liberta e expande. Está mesmo escrito que só a Verdade liberta. Também do tempo ela liberta, em direcção ao passado e ao futuro, a caminho da dimensão eterna, em que todo o tempo se torna presente.
É assim que os que encontraram Jesus reparam em Sinais em que mais ninguém repara, vêem nos mesmos Sinais coisas que mais ninguém vê. É que Jesus Se fez para eles A Verdade, não porque lhes sugasse o seu entendimento ou a sua identidade, mas porque os fascinou justamente por lhes ter revelado o óbvio, numa simplicidade arrasadora de toda a Mentira circundante. E é esta Luz que lhes revela o futuro, próximo e longínquo.
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