- 10:30:50
- Maria, tenho que ir trabalhar para a obra, a fim de que esteja pronta no Natal…
- E se não estiver pronta?
- Já estou a contar com isso. Além de que só metade da minha família o passará ali…
- E porque não vais já para a obra?
- Porque tenho aquele texto tão estranho para comentar.
- Não queres esperar pelo tempo de Deus?
- É que não sei se o tempo de Deus não é justamente este momento.
- Vamos então ver se é. Para este momento, que te diz aquele texto?
- Não o consigo aplicar coerentemente a este momento. Ele soa como uma advertência para que tenha cuidado em não esquecer coisas acabadas de ver. E eu, o que há muito tempo vejo é só esta insuportável Devastação, este misterioso Silêncio totalmente parado e frio, em que parece ter estacionado toda a vida, desde há vários dias sobretudo, agora à roda de todo o planeta.
- Porque falas assim? Nalgum Sinal especialmente te apercebeste deste estacionar da vida?
- É uma sensação geral… As notícias que tenho da actuação do Espírito na terra são nulas. Os próprios movimentos de feição marcadamente carismática e profética parecem emudecidos, resfriados, enquistados…Não há chama que se veja acender em parte nenhuma… Só a Voz de Jesus me chega, em leves ecos, de mês a mês, através do nosso tão humilde profeta J.N.S.R.. E, incansável, também de mês a mês, apenas a Tua Voz, leve e breve, em Medugorje, a dizer sempre-sempre a mesmíssima coisa: que oremos sempre-sempre.
- Estás cansado da Minha Voz em Medugorje?
- Não! Sinto um tremor de ternura por Ti todas as vezes que a ouço.
- Como, se digo sempre-sempre a mesma coisa?
- Precisamente por isso: reconheço o Teu extraordinário sentido da oportunidade.
- Como? Que sentido de oportunidade tem uma repetição contínua da mesma coisa?
- O de se opor com extraordinária nitidez àquilo que nestes tempos acontece na terra: um repetitivo, cego processo de afastamento de Deus. A tua Voz reduz-se à essência, sempre à essência da nossa salvação, neste tão sôfrego tempo da nossa perdição.
- Então vá: que te diz agora o texto da vigília?
- Que tenha eu cuidado em não embarcar nesta Enxurrada. E que veja o extraordinário Tesouro escondido neste Silêncio actual.
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