17/12/01 - 4:25
São já 5:33 e esta imagem é a que mais claramente me anuncia a Presença de Deus na nossa carne. A imagem inicial pede-me que continue desvendando o Mistério da Alma humana, Testemunha do Deus-Presente, Jesus, que esta última imagem acaba de me iluminar.
E durante todo este tempo, desde que acordei foi, de facto, a Alma humana que me prendeu a atenção, através de múltiplos Sinais. Por exemplo, fazendo-me aparecer no espírito a imagem de Satanás como maior, muito maior que o sistema solar: a nossa Alma, por comparação com ele, é maior, muito maior! Nenhum filósofo, nenhuma doutrina deu até hoje ao homem tamanha grandeza como Jesus: Ele fez do homem Filho e portanto Herdeiro de Deus. Tornou assim o homem incomensuravelmente maior que todo o Universo! Conduzindo-o à morte e fazendo-o renascer do próprio Deus, Jesus entregou-lhe a posse de todos os Atributos divinos - também, obviamente, o da ubiquidade.
É claro que desta grandeza nós não podemos ter a experiência aqui na terra enquanto cumprimos o curso da nossa vida na carne: ela dirige-se justamente, não para essa impressionante grandeza, mas para a pequenez de uma semente que, para além disso, está destinada a desaparecer no Gérmen humano, agora gerado em Deus e de Deus, como Jesus. O que experimentamos aqui na terra é portanto sobretudo este caminho em direcção à morte. Depois de uma euforia inicial, o que começa a sobressair na nossa vida terrena é a fragilidade e a impotência da nossa carne. Há quem a não aceite e faz por isso tudo quanto pode para a iludir, desde as operações plásticas até ao medonho estardalhaço da edificação da Cidade. Está até já insinuando que há-de dominar a fatalidade da morte física, inventando processos de travar o envelhecimento, porventura até de conservar e renovar indefinidamente a vida da carne.
E há também já aqueles, pouquinhos ainda, que aceitam serenamente morrer. E não porque não há outro remédio, mas porque viram na morte a porta necessária e infalível para a Imortalidade. Estes não só aceitam naturalmente o envelhecimento, como aceitam mesmo mortificar voluntariamente a sua carne como forma de a conservar na rota da Vida e como testemunho, para o mundo, deste necessário caminho para a nossa divinização.
Mas os que assim alegremente entregam a sua vida, nunca o fazem por arrasto ou em obediência a uma qualquer lei que lhes seja imposta de fora. Eles são os que começaram já a ver o Mistério da Vida com os Olhos de Deus. Por isso, por mais estranho que possa parecer, eles passaram a amar, com uma ternura nova, a sua carne! É que a descobrem preciosíssima, digna de ser assumida pelo próprio Deus! Deste modo, quando a entregam à morte, sabem o tesouro que estão entregando. Eles sabem que esta carne e não outra se destina à Ressurreição e desde sempre formou, com o Sopro da Vida, uma Alma una!
São 6:57!
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Eu seu que, o sofrimento é redenção! Mas, tenho muita dificuldade em lidar com ele. Sei também que Jesus, carregou com todo o nosso pecado... com um sofrimento indizivel, que só é possivel pelo imenso Amor que Ele nos tem, mesmo assim eu não consigo ver o sofrimento. O Jesus que eu vejo na cruz, não é o Jesus morto, mas sim o Jesus Vivo! "Redentor".
ResponderEliminarAinda tenho que crescer muito... espiritualmente, para poder aceitar no meu corpo, o sofrimento! embora eu diga, que amo muito Jesus, que a minha vida sem "Ele" não faz sentido. A dimensão de Jesus ainda se encontra muito longe de mim.