14/12/01 - 4:02
- Aqui estou, Maria, diante desta folha esperando a revelação de Deus, que mais uma vez os Sinais me pedem que anuncie e testemunhe…
- E há mais outro Sinal, na imagem…
- Há. O zero, Sinal do Espírito. Por isso é também o Sinal do Coração.
- Interpreta então agora toda a imagem.
- Ela diz o contrário daquilo que eu sinto: diz que sou um Profeta e uma Testemunha de coração vivo - e bloqueia-me hoje uma especial secura interior; nada sinto e nada descubro que possa anunciar…
- Não é verdade: há um especial sentimento hoje em ti…
- Sim, é uma mágoa que está alastrando…
- Mágoa de quê?
- De ter tantos tesouros ainda fechados neste quarto, que poderiam trazer a felicidade ao mundo…
- Parece que estás desistindo de os espalhar pela terra…
- Não estou, não; estou só cansado de tão longa espera, sobretudo por nela ter o coração assim seco.
- Os Sinais dizem que ele está vivo…
- E tem que estar: só o ter que aguentar esta espera exige uma extraordinária robustez.
- Se o teu Coração é o Espírito em ti, é então o próprio Espírito que nessa tua espera vive magoado e ao mesmo tempo extraordinariamente robusto!?
- É o que a própria lógica humana diz…
- E só a razão fala assim dentro de ti?
- Na verdade só a minha Fé fala assim; pela razão eu teria já desistido de tudo: porque hei-de esperar que venha ainda o que até agora não veio? Se as pessoas me não aceitaram até agora, em que me fundo para pensar que me aceitarão mais tarde? Que indícios tenho de que esta frieza se vai dissipar?
- Só um milagre, não?
- Sim, começo a ficar todo suspenso de um autêntico, espectacular milagre!…
- E podes dizer-me que tipo de milagre esperas?
- Uma irrupção inesperada e fortíssima do Espírito nos corações em toda a terra.
- E ao mesmo tempo?
- Sim. Como uma vaga que se tivesse formado nas entranhas da terra e no silêncio se tivesse aproximado da crosta terrestre e de repente a tivesse rasgado ou feito explodir em vários pontos do planeta, inundando-o depois todo, sem que os rombos na crosta parem de jorrar e ali fiquem para sempre como fontes inesgotáveis.
- Mas não dizes tu que é preciso estar a terra preparada?
- Sim, terão que ser nesse dia uma enorme multidão os corações sedentos dessa Água.
- E que sentido tem descer o Espírito de repente e ao mesmo tempo, numa hora marcada? Porque não desce Ele a cada coração, à medida que ele se converte?
- E desce. Desce em força sempre que uma Alma se converte. Mas a cada um Ele faz seguir depois o seu caminho clandestino…
- Clandestino porquê?
- Porque é um caminho de ruptura com todo o Sistema envolvente. Mas, nesta Hora que esperamos, é o próprio Sistema que Ele fará ruir, juntando-nos, dos quatro ventos, num só corpo!
São 6:01!
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