— 12:31:25
— Maria, vem guiar-me para a Luz do Salmo que me foi dado esta noite.
— És capaz de dizer qual é o tema daquela oração?
— Julgo que está expresso no v. 2, quando o salmista se dirige a Yahveh, dizendo: “Vós sois o meu Senhor, sois o meu bem, nada há fora de Vós”. Deus é, pois, o Senhor, o único Bem, Ele próprio é Tudo para o homem.
— Lembraste-te de S, Francisco…
— Sim. Em especial no início da sua conversão, ele exclamava, orando: “Meu Deus e Meu Tudo!”.
— Parece-te então que o Salmo confirma o que escreveste esta noite sobre a Palavra de Deus escrita?
— Sim, de forma muito clara: nada, fora do próprio Deus como Pessoa, se deve absolutizar, nem sequer a Bíblia, caso contrário até a Escritura se pode tornar um ídolo.
— O Salmo fala nos ídolos…
— Justamente. Logo no v. 4: “Os poderosos multiplicam os seus deuses e vão atrás deles”.
— Podes explicar agora um pouco melhor como pode a Bíblia tornar-se um ídolo?
— Quando ela, por exemplo, é usada como factor de divisão.
— E isso acontece quando?
— Quando cada grupo, cada igreja, se apropria dela ao assumir-se como sua única intérprete fiel e assim a usa como bandeira para excluir e condenar os outros.
— Então a Bíblia tem sido mais ídolo do que Lugar onde Deus fala!
— Exactamente. É isso que agora se está iluminando diante dos meus olhos com intensa Luz!
— Tenta apresentar outro caso em que se faz da Bíblia um ídolo.
— Fazem dela ídolo todos os doutores da Lei e todos os que com eles a manipulam com rebuscadas investigações, reduzindo-a a doutrinas e a leis que impõem aos outros. A Bíblia torna-se assim uma obra sua, que eles usam para lhes conferir autoridade e assim oprimirem os outros, sem que a sua perversão seja descoberta.
— Vamos agora mais directamente ao versículo que te foi expressamente apontado. Que te chamou nele em especial a atenção?
— A importância que Deus dá aos Santos.
— Quem são os Santos?
— São justamente aqueles para quem Deus é Tudo.
— Mas há nele sobretudo uma palavra que te impressionou…
— Sim, por ser a mesma que se diz do próprio Jesus, aquando do Seu Baptismo e da Sua Transfiguração: que Deus tinha posta n’Ele “toda a Sua complacência”.
— Os Santos, aqueles para quem Deus é Tudo, são então…
— O próprio Jesus! São a Igreja, cujo Sinal me apareceu inesperadamente ao fim da vigília, feita uma só Pessoa, agindo e falando como Jesus!
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