— 11:13:29
Eu bem repito, para dentro de mim: Vive o momento presente, apenas! Deixa de te preocupar com o que acontecerá no futuro! Que as desgraças do passado também te não ensombrem o momento presente!
Mas acontece que, sem eu dar por isso, me acho invadido por apreensões baseadas no que experimentei no passado, por medos do que poderá suceder a toda a realidade acumulada no meu passado e que tantas vezes me ocupa todo o presente. Ora Jesus já me explicou que fugir do que acontece em cada presente é perder esse segmento da minha vida; e é grave esse comportamento, porque a minha vida, como a de todas as pessoas, é preciosíssima, tão preciosa que por ela deu a Sua Vida toda o próprio Deus.
Deste modo, também não devo fugir das apreensões e dos medos relativos ao passado e ao futuro, se eles fizerem parte, sem que eu os tenha chamado, do meu momento presente. E isto não só pode, mas é natural e saudável que aconteça. Não há corte de nenhuma espécie no tempo. Também o tempo é necessário que se torne para nós um rio único, nascido na Origem e desaguando na Eternidade. Não nos censura, portanto, Jesus, da presença de passado e futuro no nosso presente; o que Ele denuncia como perigoso é a preocupação que exprime e conduz à tentativa de controlar os acontecimentos. É fácil identificar a região onde sempre se esconde e engorda a Maldade: é no território da Ambição que ela sempre se encontra. Também no que se refere ao tempo, o mal está em querer substituir Deus; uma vez entrados neste viscoso caminho, é mais que certo que o nosso coração será envenenado pela Apostasia pura, que na sua forma última e mais cruel consiste em negar simplesmente Deus.
Como devemos então lidar com o peso do passado e do futuro quando ele por vezes nos chega a encher e a esmagar o momento presente?
— Ajuda-nos, Maria. Pelo que nos tens dito, nomeadamente esta noite, Tu tiveste uma experiência muito intensa deste tipo de sofrimento…
— É verdade: desde que o Arcanjo de Deus Me anunciou aquela impossibilidade, toda a Minha vida ficou inundada de um futuro que tinha tanto de pesado como de exaltante.
— Então diz-nos como lidavas com esse futuro em cada presente.
— Tu sabes que Deus nunca nos põe às costas um peso que não possamos suportar. Ele ama-nos muito. Foi este Amor que sempre acabou por sobressair em cada momento.
— Mesmo nos momentos em que, como já várias vezes e ainda esta noite nos disseste, só a escuridão e a dor parecem encher o nosso coração?
— Em ocasiões dessas é que se nota com maior clareza como Deus nos protege e nunca deixa esmagar aqueles que O amam.
— Então a única preocupação da nossa vida deverá ser a de encontrar o Coração de Deus!
— Sim, é claro. Mas vê se não é justamente aí, nas grandes dores, que mais se agarra o nosso coração ao Colo do nosso Pai, ao Caminho do nosso Jesus, ao empolgante Poder do nosso Consolador.
— É verdade, Companheira. Recordo justamente agora como a surdez do mundo frente aos Diálogos me foi compensada com a Tua Presença completamente inesperada junto de mim, no Deserto.
— Então diz como tens ultrapassado a sensação dos últimos dias, como chaga novamente aberta, de que os nossos Diálogos não têm hipótese nenhuma de virem a ser lidos com sofreguidão.
— Olha: neste momento acho que disseste muito bem! Só quando as pessoas forem invadidas por uma autêntica sofreguidão de Deus, poderão ler estes Diálogos. Acabas de me robustecer a Fé nesse Dia e de me dar coragem para o esperar tranquilamente.
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