— 9:57:32/3
Ao registar a passagem do segundo 32 para o 33, esta imagem mostra a Testemunha inundada da Presença de Deus. Do mesmo modo o conjunto 57 é um carinhoso Sinal de Jesus a dizer que Se sente muito feliz e sinto que é desta vez pelo que na vigília ficou escrito. Pela oração inicial. E pela revelação do papel de escravo que verdadeiramente Satanás desempenha.
A oração é um murmúrio do Espírito em mim, resistindo a toda a precipitação e dando ânimo a todos aqueles que inteiramente se entregam ao Tempo de Deus, para que a Vinda de Jesus seja um Acontecimento decisivo, firme para sempre. São de facto muitos os que hoje tentam dar respostas imediatas aos gemidos da Humanidade. Muitos o farão de espírito bem intencionado, mas também estes estão no fundo engrossando a multidão dos que se entregam ao projecto humano de substituir Deus. No mundo de hoje são muito pouquinhos os que param para ouvir Deus. E recordo, neste passo, aquilo que no início estranhei, mas agora me encanta na Senhora quando, em Medugorje, todos os meses, invariavelmente, nos pede para orarmos. Sempre e só a Sua Voz humilde e quente repete: oração, oração, oração. Ela sabe muito bem onde está a chave para abrir a porta do Rio da Paz. A Sua Mão leve é seguríssima a conduzir-nos pelos caminhos da eficácia plena. Enquanto até muitos dos amigos de Jesus se esfalfam e gritam por mais e sempre maiores obras, obras, obras, Ela murmura na Sua Voz que parece tão frágil, mas não cede um milímetro, um segundo: Orai! Vigiai e orai! Orai sempre, sem nunca parar. Como se dissesse: Aceitai o Tempo de Deus. Ouvi-O, para não cairdes em tentação. E a Tentação é sempre a mesma; ela leva sempre o homem a dizer, como adolescente em fase de afirmação: Eu é que sei! É a mim que pertence fazer a hora! O meu destino sou eu que o hei-de construir! E repare-se que esta voz, ridícula no seu pigarrear adolescente, está, no fundo, dizendo isto: o meu Pai está desactualizado! Não preciso de Deus para nada!
Ouvir Deus! Está aqui a chave da nossa Salvação.
É isto que Satanás não suporta: se o homem ouvir Deus, desfaz-se todo o seu reino. Porque o seu poder depende inteiramente do homem. Sinto que foi a revelação deste seu estatuto de servidor do homem, a que fui condizido pela Mão discreta mas firme de Maria, que o exasperou e isso mesmo ele mo fez sentir, servindo-se de tentativas, no fundo ridículas, de travar a escrita e a edição destes Diálogos e criando-me uma série de problemas miúdos, todos ao mesmo tempo como é costume, numa demonstração confrangedora de impotência. É nestes momentos que ele se revela como um pobre lacaio às ordens do pobre do homem quando assim se empertiga na sua rebeldia.
Por isso me levou Maria à visão do meu sofrimento neste Deserto como uma situação causada não pelo Demónio, mas pelo próprio homem — por mim também, é claro. E estou vendo agora a uma Luz nova o porquê da insistência de Jesus em manter os Seus discípulos no seio do mundo, em insistir tanto comigo para que não saia da Cidade: é aí mesmo, efectivamente, que se encontram os homens, de coração amarrado à construção da sua monstruosa Torre, expressão e causa de todo o seu sofrimento.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário