Este mundo quer-nos “objectivos”. Pudera! Se nos deixasse ser
subjectivos, perderia o controle sobre nós e isso é que ele não pode admitir de
maneira nenhuma…
4/10/96 – 2:59
Poderia traduzir
assim o conjunto 59: Jesus virá! E parece resumir-se a minha vocação em
testemunhar este Seu Regresso. Ao meu coração eu sei que Ele já regressou; caso
contrário, como poderia testemunhar? Possuídos assim do próprio Deus, o nosso
testemunho será tão seguro e objectivo,
que todos verão, no que dissermos e fizermos, a própria Face do Deus incarnado,
Jesus. Preocupam-se muito os nossos homens de ciência com a objectividade; mas
a única objectividade é aquela que resulta da visão do coração moldado pela
Lógica de Deus. A visão dos olhos carnais é sempre enganadora, se não for
trabalhada pelo coração. Vem o sábio e diz: a terra gira à volta do sol. Mas
isto é ainda só aparência. Vem o coração e diz: o sol gira à volta da terra,
testemunhando a solicitude e o carinho que Deus tem por ela – e isto é que é a
visão objectiva da realidade!
– Meu Senhor,
conduz-me à visão objectiva do Mistério da nossa alma que ontem me ficou
suspenso diante dos olhos, como um clarão que por momentos me encandeasse. Bem
dizes Tu que o que está já revelado é ainda nada.
– Eu
dou-vos…nada?
– Quando vemos
com o coração, cada nada que Tu nos dás enche-o completamente e mantém-no
aberto a Tudo. Cada nada que Tu nos dás é sempre em cada momento toda a nossa
felicidade possível, criando sede de nova felicidade. Como pode não ser nada o
que Tu nos dás, se o nosso ser imortal terá a eternidade inteira de Riquezas
que sempre o vão encantar?
– E os nadas que
vos dou: são de usar e deitar fora?
– Não! Cada nada
que nos vais dando vira fonte permanente, mantendo viva a nossa terra verde e
acordando para a vida novas zonas do Mistério da nossa alma.
– Olha: diz-Me o
que se passa contigo neste momento.
– Sinto-me mal,
porque este diálogo nunca mais conduz ao texto que me trouxeste já anteontem e
lá é que está o milagre que eu queria mostrar às pessoas.
– Parece-te
inútil o que estamos dizendo?
– Parece-me algo
árido, abstracto e pouco original.
– Não sabes
porquê?
– Porque estou
olhando por cima do Teu ombro. Porque não estou prestando atenção ao nada que
me estás dando, na sofreguidão do tudo que vislumbro atrás de Ti.
– Que foste ver,
agora?
– As horas, a ver
se vale a pena mudar de folha.
– E que horas
eram?
– 4:39.
– Interpreta.
– Tu pedes-me que
continue a anunciar o Mistério dos Mistérios, porque Tu estás às nossas portas.
Como vês, já mudei de folha e fiquei triste por Te estar assim regateando o
tempo de estar Contigo.
– Que mais
desejas neste momento?
– Aprender a amar
cada passo do Caminho que percorro Contigo.
– É importante,
cada passo?
– Tão importante
que, sem cada passo, não andaríamos.
– Descansa então
agora. Vê as horas.
– 4:51. Tu
conduzes sempre ao Pai!
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