Depois de uma recente presença minha na tv, sei de várias pessoas que
gostariam de me contactar, mas não sabem como. Pois aqui vai: podem fazê-lo
através dos telefones 229010551
(fixo), ou 933327594 (telemóvel), ou
por mail: salomaomorgado@hotmail.com
Os
diálogos com Maria são todos de uma simplicidade e de uma transparência surpreendentes.
Talvez porque Ela nos veja crianças pequeninas com quem a Mãe só pode falar
assim. E no entanto que coisas grandes Ela nos leva a descobrir!
24/9/96 – 2:08
– Mãezinha,
pedem-me aqueles algarismos que seja Testemunha do Teu Coração. Ah, se eu
pudesse ser uma Testemunha límpida do Teu Coração! Mas não vês aqui o Demónio
tentando amarfanhar esta minha carne já de si tão trôpega?
– E em que carne
queres tu dar testemunho do Meu Coração, filhinho?
– Não sei se
entendi: quanto mais amarfanhada e trôpega estiver a minha carne, mais límpido
será o meu testemunho?
– Tu sabes bem
que é assim: quanto mais vil e insignificante é o instrumento em que Jesus grava
a Sua Palavra, mais se sente a Sua Mão poderosa e mais nitidamente se ouve a
Sua Voz em todos os seus cambiantes.
– Mas olha para
mim: parece que tudo me foi desactivado, desde o cérebro à ponta dos dedos…
– E como está o
teu coraçãozito?
– Esse queria
muito ver o Teu… Mas até o coração me está sendo agora atacado.
– Por quem?
– A imagem é
muito difusa….são só sombras… Mas não tenho dúvidas de que é Satanás com uma
legião inteira de demónios.
– E tanto vale
assim, para ele, o teu coração?
– Pelos vistos...
– Como ataca ele?
– Não sei bem… é
um cerco de sombras que o aprisiona no centro e o tenta sufocar, cortando-lhe
todas as ligações com o exterior. Imagino assim o cerco a uma cidade,
antigamente.
– É toda uma
cidade, o teu coração?
– Agora que
perguntas… Eu vejo-o muito pequenino, mas se calhar é, é uma cidade.
– Que tem a ver
com esta Cidade aqui da terra?
– Nadinha. O meu
coração é todo feito de pulsações vivas, embora as sinta muito frágeis, às
vezes. Ora a Cidade é toda feita de matéria arrancada à fonte da sua vida e
esterilizada.
– Mas em que
medida é uma cidade o teu coração?
– Na medida em
que pode lá morar gente, muita gente, e ser lá feliz.
– Tem comida e
bebida à farta para tanta gente, o teu coração?
– Agora que
perguntas, Mãe… Nunca tinha pensado nisso… Acho que sim, acho que tem alimento
à farta para muita gente.
– Podes
mostrar-Mo?
– O alimento?
– Sim. Mostra.
– Estas páginas
todas. Acho que podem alimentar uma grande cidade.
– E estão no teu coração estas páginas todas?!
– Vieram todas de
lá.
– E permanecem
lá, todas, ao mesmo tempo?
– Ah, Mãe, que
perguntas me fazes hoje!… Sim, estas páginas estão cá todas.
– Todas vivas?
– Sim. Mas é como
se estivessem guardadas, num sítio qualquer aqui dentro, como num leito,
dormindo. Acordam sempre que as volto a ler.
– Mas já te
aconteceu achá-las mortas…?
– Já.
Pareceram-me mortas, uma vez ou outra…
– E reviveram,
noutras ocasiões?
– Sim. Vi-as
novamente muito vivas.
– Isso, isso!
Transcreve o que estás a pensar.
– “Maria
conservava todas estas coisas, meditando-as no Seu Coração”.
– Só não as
escrevi, naquele tempo, em Nazaré.
– Ah, Mãe! Devo
escrever o que estou a pensar?
– Escreve,
escreve o que o teu coração sente.
– Que as estás a
escrever agora, com esta caneta, todas aquelas coisas que naquele tempo
meditaste e não chegaste a escrever.
– Minha querida,
pequenina Testemunha do Meu Coração!
– Como pode ser
isto, Mãezinha? Eu posso ser tanta coisa?
– Vê tu bem, Meu
filhinho, o que um coração humano pode conter!
– Estava agora
recordando, como Tu sabes, aquilo que eu uma vez disse de Ti: embora muito
querida, eu considerava-Te “uma simplória dona de casa de Nazaré”.
– E era. Por isso
não soube escrever tanta coisa que o Meu Coração via. Não te importas de as
escrever agora?
– Já escrevi
algumas, não já?
– Já.
– Eu escrevo
tudo, Mãe. É só ditares.
– Que te diz a
imagem inicial dos algarismos?
– Que o Teu
Coração é o próprio Espírito, Teu Esposo.
– Então ouve-O.
Olha: e o Demónio, para onde foi?
– Não sei.
Desapareceu!
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