Digo
de mim mesmo coisas difíceis de aceitar pelos mais tolerantes. Mas, na verdade,
grandes coisas pode fazer em cada um de nós o Omnipotente: para Ele, somos
todos quase-quase do Seu tamanho.
22/9/96 – 2:44
Eu te envio como
Minha Testemunha, para que Me anuncies até aos confins da terra! – assim leio
eu hoje naqueles Sinais. E com esta preocupação no espírito ouvi eu já ontem o
Senhor avisar-me, através da Vassula: “Esconderão a lâmpada que Eu lhes dei e
esconder-se-ão na obscuridade, a fim de não serem vistos, chamando a essa
obscuridade ‘prudência’”. Está esta advertência no dia 15/11/95 e a ela fui
conduzido através do dedo, que apontou o início desta frase com extrema
precisão.
Está-me assim o
Senhor dizendo que será esta a posição inicial de muitos dos que lerem estes
Escritos: sentir-se-ão tocados no coração pela Luz que deles se desprende, mas
a “prudência” há-de impedi-los de darem testemunho da Luz que assim receberam.
E o meu coração queda-se por momentos, apreensivo: e se a prudência dos homens
bloquear completamente a divulgação dos “Diálogos”?
– Jesus, vem
falar comigo, que preciso da Tua Paz.
De repente ouvi
assim: “Mentira! Tu já tens a Paz d’Ele…”. Era a nítida voz de Satanás: cava,
bruta. Sobretudo a exclamação inicial: ”Mentira!”. Depois a voz foi-se sumindo à
medida que pronunciava o resto da frase, como se a personagem a dissesse já de
costas, afastando-se. Há uma incontida raiva no Demónio, ultimamente, que se
manifesta em dúvidas, apreensões quanto à aceitação destes Escritos e que se
faz sentir também na secura emotiva com que atravesso estes dias, como se o
Mistério de Deus nada mais tivesse para me dizer.
Mas o Demónio tem
razão e isso é que o deve desesperar: as minhas apreensões são momentâneas e,
de uma forma ou de outra, Jesus volta sempre e com Ele regressa a Paz ao meu
dorido coração.
– Eu sei que a
Obra é Tua, Jesus, que a Tua Vontade inexoravelmente se vai cumprir. Mas não me
leves a mal que Te peça o êxito desta empresa. Não tanto por mim, que sei já um
pouco dos Teus Caminhos e tenho sempre a Tua Mão poderosa e terna
reconfortando-me em todas as quedas e fracassos momentâneos; é por todos os
milhões de irmãos meus e Teus que Te peço: a nossa dor está-se tornando
insuportável e requer urgência. O Teu Regresso…
– Estes Escritos
são o Meu Regresso!
O que eu lutei
para não escrever esta frase! Mas, como em casos semelhantes tem sucedido,
Jesus bloqueava-me o espírito frente a qualquer outra formulação, frente a
qualquer outra via até, neste caso, por onde continuasse a escrever. Apenas me
respondeu, a uma instantânea interrogação minha: “Sim, juntamente com os da
Vassula”. A frase completa ficaria então assim: “Estes Escritos, juntamente com
os da Vassula, são o Meu Regresso”. Não sei o que possa fazer: não choro, não
salto de alegria, estou reduzido a um frio escrivão. Há só um tremor em mim,
demasiado leve, se comparado com o terramoto que uma afirmação daquelas deveria
provocar em todo o meu ser. É uma situação interior indefinível esta: temor
misturado com alegria, um temor que não entende tanto atrevimento, uma alegria
que me diz estar o Céu todo aqui, testemunhando este momento. Tudo leve, tudo
fugidio, tudo como se fosse um acontecimento já passado. Dá a impressão de que,
a Jesus, a única coisa que Lhe interessava, era que isto ficasse escrito;
senti-lo, vivê-lo em toda a sua dimensão ficará para mais tarde e não me está
reservado a mim apenas, nem sequer especialmente a mim; o que ficou escrito é
para ser sentido e vivido por uma enorme, espantada multidão.
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