Testemunha diz-se, em grego aportuguesado, mártir. O mártir é, claramente,
a mais perfeita Testemunha de Jesus, já que aceita ir até à morte para manter o
que viu, ouviu, viveu na companhia do seu único Mestre. Uma companhia
apaixonada. Recorde-se de novo a Igreja primitiva: seja por que meio for que se
lá chegue - por algarismos, pelo suspiro, por ligação directa
dos corações - é imprescindível haver uma firme paixão por Jesus para sermos Suas verdadeiras Testemunhas.
13/9/96 – 2:22
E nunca mais esta
imagem saía do mostrador do relógio! Posteriormente olhei de novo: eram 2:27.
Há em mim uma alegria contida, porque o Senhor assim claramente me quer falar,
mas não sei ainda o que me quer dizer.
– Ajuda-me a
interpretar aqueles Sinais, Mestre.
– Que viste
neles, logo no início?
– Uma grande
afeição Tua por mim. Foi como se me tivesses dito, ao acordar: Olha, Minha
querida Testemunha! E depois: Olá, Salomão!
– Acrescenta a
outra sensação que tiveste.
– Fiz uma
associação fugidia mas muito intensa com a Vassula. Foi como se nos tivesses
juntado aos dois e senti um impulso afectivo muito forte por este Teu Profeta.
– E que estás
associando agora à palavra Testemunha?
– Martírio.
– Porquê?
– Porque é a mais
distintiva característica da testemunha.
– Testemunha não
é essencialmente aquele que fala
daquilo que viu e ouviu?
– Sim, mas se
falar apenas, depressa deixará de ver e ouvir. A Tua Testemunha é
essencialmente aquele que mostra o que viu, proclama o que ouviu, assumindo,
sem recuar, todas as consequências do seu testemunho.
– Que
consequências?
– As mesmas que
Te advieram a Ti, pelo que fizeste e disseste: o mesmo êxito e o mesmo fracasso
aos olhos do mundo.
– Que êxito foi o
Meu?
– O reunires
multidões à Tua volta, despertando-lhes a sede de Deus.
– E o fracasso,
qual foi?
– Algumas
espectaculares decepções e escândalos que provocaste nas mesmas multidões e o
ódio que despertaste nos homens da instituição, traduzido em perseguições e na
sua vitória final, ao conseguirem condenar-Te e assassinar-Te, sem que ninguém,
praticamente, estivesse do Teu lado.
– Olha outra vez
as horas.
– 3:30.
– Fala-te de quê,
esta imagem?
– De vós,
Trindade Santíssima, de forma muito nítida. E do Espírito Santo, destacando-O.
– Olha agora de
novo.
– 3:33! Devo
dizer-Te que já esperava esta imagem. Tu és um encanto, Companheiro querido.
– Porquê
especialmente desta vez?
– Porque me
relacionaste a minha condição de Testemunha com o chamamento inicial: esta
imagem agora é justamente aquela que me levou à consciência da Tua Presença em
mim.
– Minha, apenas?
– De todo o
Mistério de Deus. Mas Tu és todo o Mistério de Deus revelado e dado aos homens.
– E como o
sentias inicialmente?
– Sobretudo
através do Teu Espírito, que me encantava. Foi o que me quiseste dizer com a
imagem anterior, não foi?
– E com este
Sinal, neste preciso momento.
– Ah! O suspiro!
Tu és tão meu Amigo, Jesus, que sempre tenho pena dos momentos em que não
estive pensando em Ti, durante o meu dia.
– Não te
preocupes. O teu dia está sendo cada vez mais todo Meu. Não reparas nos tão
frequentes Sinais que te faço, dando-te a Minha Paz?
– Reparo sim, meu
Amigo. Como reparo! Sobretudo através dos algarismos.
– E neste preciso
momento...
– Através do
suspiro. Tu és Encanto puro, meu Senhor!
– Queres olhar as
horas, novamente?
– Não estou a
abusar?
– Nunca abusas
quando procuras Sinais da Presença do teu Deus. Olha agora.
– 3:59. Bem
hajas, meu Senhor!
– Como lês,
naqueles algarismos?
– O mesmo
Mistério de Deus. Tu, o meu Companheiro. O Nono Dia, isto é, o Teu Regresso!
– Diz então agora
aquilo que há tanto tempo tens para dizer.
– Sim, quase logo
desde que comecei a registar este texto: Tu estás encaminhando tudo para que os
“Diálogos do Homem como o seu Deus no Tempo Novo” saiam deste quarto para a
rua, o que vai fazer de mim, juntamente com a Vassula, Tua Testemunha, com as
consequências que acabas de me recordar.
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