Temos uma necessidade básica de segurança, como qualquer prédio não
poderia manter-se de pé sem uns alicerces sólidos. É por isso que todas as instituições
religiosas se esforçam por fazer passar aos seus fiéis a mensagem da sua
infalibilidade, quanto mais não seja apondo às suas doutrinas a autoridade de
Deus. Mas Deus vê a infalibilidade onde nós menos esperaríamos.
27/9/96 – 2:44
Sei que o Senhor
me abençoa e me dá a Sua Paz, porque Ele ainda há pouco mo disse através dos
algarismos 2:47:27. E para além do Sinal da Paz, o 7, contém esta imagem os
mesmíssimos algarismos da anterior: o 2 e o 4.
– Que me queres,
Jesus, com esta insistência no testemunho e no anúncio?
– Olá! Sinto-Me
muito feliz em estar contigo. Eu amo-te muito, Meu pequenino companheiro.
Vamos? Escreve sempre o que te aparecer no coração.
– E não há perigo
de registar a voz de Satanás?
– Registar a voz
de Satanás não é um perigo, contanto que ela fique bem identificada: é bom que
os homens o conheçam.
– Mas não há
perigo de ficar a sua voz registada como Tua?
– Não. Nunca.
– Eu sou
infalível?
– És.
– Esta não,
Mestre! Esta não podia ter ficado escrita!…
Afirmações destas
são como um raio que se desprende das Mãos da Yahveh: já não volta para trás; é
fatal, inexorável! Sempre tento evitar escrevê-las, mas não consigo. É como se
aquele raio se encaminhasse já do Infinito para as rochas do Sinai e eu não
conseguisse mais sustê-lo até que ele grave a Vontade do seu Senhor. Não sei
que me faça, nem que vos faça a vós todos os que com inteira razão vos
interrogais como pode acontecer isto comigo, esta quase invisível
insignificância aqui num quarto de uma casa perdida em Leça do Balio, uma terra
que só vem em mapas muito grandes e pormenorizados! Mas acontece. A questão é a
palavra surgir-me no espírito: quanto mais evito escrevê-la, mais ela avança em
direcção ao alvo. Desta vez até o Mestre me preparou para ser raio
executando-Lhe a Vontade e só agora estou verificando esse facto: declarou-me
expressamente o Seu Amor, que eu sempre subentendo, e expressamente me repetiu
o pedido que todos estes Escritos pressupõem: “Escreve sempre o que te aparecer
no coração”.
– Está escrito,
Mestre. E agora?
– Porquê tanta
admiração? Não tem a Minha Igreja Romana um dogma declarando infalível o Papa?
– Um dogma muito
contestado, não só fora, mas até dentro desta Tua Igreja.
– E com muita
razão: infalível sou Eu, apenas. Infalível porque omnisciente, omnipotente e
bom, é o vosso Deus, e ninguém mais!
– Então
explica-nos, Mestre, porque fizeste aquela afirmação acerca de mim.
– És infalível
enquanto Profeta, que não dá testemunho de si mesmo, mas apenas reduz a
palavras humanas o Amor que Nós temos a todas as criaturas.
– Mas, meu
Senhor, as deficiências…
– As tuas
deficiências realçam a infalibilidade da Minha Mensagem.
– Diz, diz
porquê, Mestre.
– As tuas
deficiências são a garantia da Minha permanente Incarnação em toda a condição
humana.
– Ah! Só nas
nossas deficiências estás verdadeiramente connosco, és, em toda a dimensão, um
de nós e Te podes, com suprema eficácia, fazer ouvir e entender por nós!?
– Não te esqueças
nunca de que Eu posso sempre fazer-Me entender sem palavras. Mas o Meu Pai
pediu-Me que assumisse toda a vossa deficiência, a das palavras também, para
que fosse verdadeiramente infalível o Seu Plano de salvação dos homens.
– Então deixa-me
agora fazer-te a pergunta que não posso evitar, Jesus.
– Se não podes
evitar, faz.
– Aquele dogma,
Mestre…
– Já te disse que
os dogmas são muralhas com que tentaram rodear os Mistérios, para os dominar.
– Mas então o
Papa…
– Eu sou o Deus
Fiel e não venho agora abolir um só jota ou um só ápice da Lei que desde o
princípio vos tenho revelado.
– Que resposta,
Mestre!
– Nem sequer esta
resposta é nova.
– Gosto muito de
Ti, assim, como és.
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