Pois não. Ao ser tocado pelo espírito o nosso coração, começam os nossos
olhos a abrir-se e a ver as coisas como Deus as vê. A nova visão é surpresa
completa.
5/9/96 – 15:16
Era premente em
mim o pedido interior para que escrevesse. E há, desta vez, um assunto concreto
que expressamente me foi indicado. Está ele na seguinte afirmação de Jesus
através do profeta Vassula, em 1/12/95: “ (O Espírito de Conhecimento) te
mostrará como, apenas nascido, tinhas cessado de existir”. Não se refere isto à
pessoa do Profeta, mas a todo o homem que vem a este mundo, como sabemos.
– Vem explicar-me
o Mistério que esta Tua Palavra encerra, Mestre. Como se compreende que, apenas
nascidos, deixemos de existir?
– Meus
pequeninos, como se dilacera o Meu Coração ao ver-vos definhar, mal nasceis!...
– Diz-me que
força é esta, que assim actua sobre nós, a ponto de Te sermos retirados à
nascença, como se a um pai e a uma mãe lhes fossem retirados os filhos depois
de nascidos. Até parece que os pais são meros instrumentos de gerar filhos para
outrem.
– Não parece,
apenas; é assim!
– Como? Os filhos
que geramos têm, à nascença, um proprietário que logo os reclama e junta à sua
propriedade?
– É isso mesmo:
todo este mundo tem um proprietário que sobre ele reina com poder absoluto e
impune. E vós já o conheceis. Referi-Me a ele no Meu Evangelho sob vários
nomes: Assassino; Pai da Mentira; Príncipe deste Mundo.
– Mas tem
implicações tremendas o que nos dizes!...
– Que
implicações?
– Abalas pontos
fundamentais da nossa construção doutrinária!
– Por exemplo.
– A permanência
do Livre Arbítrio.
– Dá outro
exemplo.
– A
imputabilidade do Pecado.
– Mais algum
exemplo?
– A eficácia da
Providência de Deus.
– Mais algum
ainda?
– A natureza da
Justiça de Deus, a eficácia da Graça, o poder salvífico da Tua Cruz, o Mistério
do Amor de Deus...
– Tantas
implicações?
– E outras,
certamente, que os nossos teólogos têm catalogadas e que viriam ainda a
descobrir...
– Ouve, Salomão:
e que pensas tu, tu mesmo, de tudo isso?
– Que deveria ser
tudo removido e lavado com um dilúvio.
– E que restaria
então?
– Apenas a Tua
Palavra nua e luminosa.
– Que diz ela, a
Minha Palavra nua?
– Que, mal
nascidos, cessamos de existir. O que vemos, é só aparência, como a seguir
esclareces.
– E como
resolverias a imputabilidade da culpa, por exemplo?
– Que importa a
culpa? Compete-nos a nós determinar a medida em que somos ou não culpados?
– Então que vos
importa?
– Apenas sabermos
que estamos mortos e o mau cheiro da nossa morte atinge as Tuas narinas e Te
faz sofrer muito – assim explicas Tu. Importa-nos, sim, aceitar-Te como
Salvador e pronto.
– Vê quanta
tralha inútil acumulastes então na Minha Igreja!
– Quanto lixo,
meu paciente Senhor!
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