A
mensagem seguinte aproxima o “Faça-se!” que fez surgir a Criação do “Faça-se!”
de Maria que possibilitou a Incarnação de Deus. Aqui tenta-se mostrar porquê.
15/9/96 – 4:18
– Jesus, faz-me
um só Contigo. Ensina-me a dizer “nós”. Ensina-me. Gosto tanto de ser ensinado
por Ti, eu que detesto ser ensinado por quem quer que seja, aqui na terra! É
que, quando Tu ensinas, és Tu próprio que vens como uma torrente ao nosso corpo
mirrado e onde Tu chegas tudo se torna vibração e cântico. Disseram-me que a
palavra ensinar significa pôr sinais dentro de nós e eu dentro de mim não quero
sinais de nada nem de ninguém senão de Ti. Em cada célula um Sinal Teu. Para
que em cada pequenino gesto que eu faça haja uma inconfundível Marca Tua. Quero
ser um só contigo, querida Sede, querida Água, querida Fonte, querido Mestre!
Ensina-me a ser um só Contigo, porque ser ensinado por Ti é ficar sendo o que
Tu ensinas. E eu quero ser só o que Tu me ensinas. Não quero mais nenhuma marca
em mim senão a Tua! Se assim fizeres, todos verão que eu sou Teu irmão, filho
do mesmo Pai e da mesma Mãe. Espera, Jesus, eu corrijo já, não tenhas medo: Tu
és em verdade meu Irmão, o nosso Pai é o mesmo, é a mesma a nossa Mãe; mas Tu
és um Filho destes Pais diferente de nós todos.
– Não sou, não!
– Jesus, vê lá o
que me deixas escrever…. Eu sempre distingui a nossa condição de filhos, da Tua
condição de Filho de Deus. Eu não me posso esquecer de que Tu és Deus!
– Também vós sois
deuses, conforme está na Escritura.
– Então
ensina-nos de novo. Acorda mais esse pedaço de carne adormecida, talvez morta,
em nós. Vá, meu gigantesco coração, deixa-nos ver mais esse tesouro que aí
estava escondido.
– Que aprendeste
já de Mim, como Filho de Deus?
– Que Tu foste
gerado desde toda a eternidade como Filho unigénito de Deus Pai.
– Não tem, pois,
o Meu Pai, mais nenhum filho!?
– Não. Tu és o
Seu único Filho.
– E basta à Sua
felicidade de Pai-Deus esse único Filho que tem?
– Basta. Ele é
totalmente feliz com este único Filho que tem. Ele tem Contigo e por Ti uma
felicidade que nunca as nossas palavras poderão explicar, uma felicidade de
Deus.
– Se assim é, Meu
querido irmãozito deste Deserto e deste Caminho, que é de vós como filhos de
Deus? Não sou Eu o Seu Filho unigénito,
o único gerado?
– És. O único
gerado. Mas aconteceu um milagre no Tempo e na História: houve uma jovenzita de
uma aldeia muito pequenina do minúsculo planeta Terra que um dia pronunciou um
SIM. Ela disse “FAÇA-SE”! E acho que Ela própria não soube nessa altura, nem
nunca saberá inteiramente o que disse. Foi tão louca a felicidade de Deus-Pai
nesse momento, que deu àquele “FAÇA-SE” a mesma força do “FAÇA-SE” inicial que
fez explodir do Abismo a Criação! Estou a chorar, Jesus. Estou a chorar muito,
Mestre querido, porque também Tu és louco a ensinar!
– Que foi o que
Eu ensinei agora?
– Que Maria, a
nossa Pequenina de Nazaré, foi tão cheia de Graça, que pronunciou na Plenitude
dos Tempos as palavras fatais que fizeram explodir, do Abismo da nossa miséria,
a Nova Criação!
– E que é de vós,
na Nova Criação, com filhos de Deus?
– Nós somos Tu,
o único Filho de Deus! Deus Pai continua a ter um Filho só.
– Mas isso não é
heresia?
– Se é heresia, o
herege és Tu. Foste Tu que assim o quiseste e assim o disseste: “Que eles sejam
UM em Mim”.
– E que é de vós
como filhos com personalidades autónomas e livres?
– Nós andamos
sempre muito aflitos com a nossa autonomia e a nossa liberdade porque, em Eva e
em Adão, todos nós quisemos ser deuses sem Deus. Por isso viemos ter a esta
escravatura que tanto nos dói. O que nós não entendemos, Mestre, é o Mistério
da Unidade. Vem ensiná-lo de novo. E olha: dá um beijinho dos Teus à nossa
Pequenina.
"Ensina-me", e eis que a aluna, encontra o seu professor, por acaso... Professor Salomão, não consigo imaginar uma altura melhor para o encontrar, nem sei se se lembra de mim, mas eu tenho-me lembrado de si, muito, ao longo destes muitos anos que passaram e por isso, hoje, um dos meus amigos de liceu partilhou comigo o seu vídeo de si num programa da manhã. O meu nome é Natália e partilhei três anos da minha vida consigo. Algures entre 97 e 99. Ensinou-me muita coisa. Provavelmente não se lembra de mim, fomos muitos. Ensinou-me muita coisa, umas que percebi imediatamente e outras que demorei alguns anos a perceber de onde vinham e quais as suas raízes. Gostava de falar consigo, sem ser num comentário que não permite fazer parágrafos. O meu email é nataliamralves@gmail.com . Lembro-me de o ouvir falar dos seus diálogos com Deus, agora, apesar de ser ateia, vou escutar as suas conversas. Beijos. Natália
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