Todas
as tentativas que fiz para divulgar a longa Profecia que escrevo resultaram até
hoje infrutíferas. E fará no próximo mês de Setembro vinte anos que a iniciei! Eu não entendia, no início, este
comportamento do verdadeiro Autor desta Escrita, ficava magoado e confundido;
com o tempo, fui entendendo: esta tão vasta e abrangente Mensagem de Deus para
o nosso tempo só será lida de forma generalizada e ansiosa, como terá
necessariamente de acontecer com a Palavra Viva de Deus, quando chegar a Hora, que só Ele determina, mas que eu sinto agora
estar para muito breve.
1/9/96 – 2:21
Setembro enche-me
de expectativa. Foi há dois anos neste mês que comecei a registar as Maravilhas
do Senhor em mim. Não podia nessa altura imaginar a montanha de folhas que iria
escrever. Entendi quase logo desde o princípio que o que escrevia era “para
dar” e entendi que deveria proceder à divulgação imediata dos Diálogos
iniciais. Mas as primeiras tentativas resultaram numa dolorosa decepção. No
entanto eu agi sempre na Fé de que estava cumprindo a Vontade do Senhor. Como
se compreende então este fracasso? Agora, à distância, vejo que tudo quanto o
meu Guia fez, o fez bem feito! Eu não sabia, nem sei ainda dos Seus Caminhos,
mas sei hoje que os sigo fielmente. Creio firmemente, portanto, em que, se
nenhuma ordem me for dada em contrário, porventura corrigindo a minha audição,
eu devo divulgar agora, de forma mais vasta, a Mensagem que escrevi, desde o
início. Está sendo, pois, isso, uma preocupação permanente em mim. Uma
preocupação serena: eu sei da urgência do meu Mestre, mas sinto-O sempre com
uma Tensão harmoniosa.
E se for outro
fracasso? Às vezes, tenho medo: se desta vez os Escritos não desencadearem uma
generalizada aceitação, ao menos entre os pobres, que farei? E vejo-me de
antemão prostrado: desta vez um fracasso iria deixar-me sem mais nenhuma saída,
na mais negra solidão. Mas ocupa no meu espírito um fugaz momento apenas esta
dolorosa visão. O Mestre nunca me desiludiu. Tenho é dificuldade em entendê-Lo,
por vezes, na própria hora dos acontecimentos, porque Ele é A Surpresa. Mas
verifico depois que tudo no Seu Plano tem a lógica do Amor e que por isso nada
do que executo nesta Fé sincera de que estou executando o Seu Desejo é fracasso;
antes tudo manifesta a admirável estratégia deste inultrapassável Arquitecto do
Amor! Foi, por exemplo, necessário que tivesse mostrado no início os Diálogos
justamente a quem os mostrei: para além da vacina que assim recebi contra
futuras rejeições, vislumbro já outras misteriosas potencialidades naquilo que
foi feito e se o Olhar eterno de Deus não executar estas que vislumbro, é
porque, mais uma vez, quão longe está o céu da terra, tão longe está a Visão de
Deus da minha curtíssima e enevoada visão. Assim também agora: foi isto que
ouvi, é isto que vou executar, na Fé em que, também agora, o Plano de Deus
estará a ser inexoravelmente cumprido, independentemente dos resultados que os
nossos olhos observem.
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