Temos tudo dividido. Até, porventura, particularmente o Amor. Assim,
temos o amor paternal, maternal, filial, fraternal, o amor de amigos, de
namorados, de esposos. Enfim, amor espiritual se não mete sensualidade, amor
carnal se a vibração se estende aos sentidos físicos. E se não fosse assim? E
se houvesse mesmo um Amor apenas, expresso, em cada caso, simplesmente segundo
o desejo dos intervenientes?
13/8/96
– 10:14
Impôs-se-me várias vezes nesta vigília o
Sinal 8, como a dizer-me que sentisse a presença da minha Mãe junto de mim. Ela
aparece, de facto, quando acordei para a vigília, ao lado de Jesus. Mas o
Mestre guiou-me pelo texto de Amós até àquela estranha conclusão: o próprio
Jesus será o implacável Inimigo desta
Igreja! Inesperada também a relação que Ele estabeleceu entre este texto e o
Amor: é como se toda a desordem e toda a violência na Igreja consistissem na
divisão entre amor espiritual e amor físico, com a sobrevalorização de um e o
desprezo do outro, ambos assim roubados à Harmonia e tornados perversos.
Continua, pois, o Mestre a manter-me neste
difícil equilíbrio entre o Céu e o Inferno, entre o Alto Infinito e o tenebroso
Abismo, à procura da Unidade do Amor. E diz-me agora o Mestre aquilo que
durante a vigília eu não pude atingir: mais do que nunca agora, nesta última
etapa do árido e tenebroso Deserto, é decisiva a intervenção da Virgem de
Nazaré, a Esposa do Espírito Restaurador da Vida, a Mãe de Deus e dos homens, a
Rainha do Céu e da Criação inteira! Em Jesus se realiza a perfeita Unidade do
Amor descida do Céu; em Maria nossa Irmã se realiza a perfeita Unidade do Amor
levantado da terra por pura misericórdia e ternura de Yahveh, em Quem o Amor é
a Diversidade toda que existe, porque é Uno!
– Mãezinha, querida Mãezinha, eu a bem dizer
não Te esqueci; tenho é um grande medo de Te manchar, neste território do
prazer sensual, que tão pestilento fizemos. Sei, além disso, que Jesus exerce
uma cerrada vigilância sobre Ti, para que ninguém de mãos sujas Te toque com a
ponta de um dedo sequer! Mas mãos sujas, Senhora, quem as não tem, aqui neste
nosso Vale imundo?
– Não tenhas medo, Meu filhinho: Jesus
ama-Me, realmente, acima de toda a explicação e não permite que ninguém Me
manche, mas eu sou vossa Mãe e estou habituada à mais pestilenta podridão do
mundo.
– Tu estás sempre onde Jesus está?
– Isso, Meu filhinho. Onde Jesus está,
sempre.
– Mas como podes viver aqui, neste lixo, sem
Te manchares?
– Também Jesus é impossível manchá-Lo e vive
permanentemente no meio da iniquidade.
– Então como fazemos, Mãezinha, para Te
amarmos sensualmente sem Te mancharmos?
– Amando-Me com a sensualidade dos bebés:
eles têm pelas mães um amor profundamente sensual.
– Mas nós temos um corpo adulto, Mãe!
– Eu hei-de ensinar-vos a amar-Me a Mim e ao
Meu Jesus com o vosso corpo adulto de forma tão pura e intensa como os bebés!
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