As
nossas palavras são, como tudo em nós, defeituosas, incapazes de transmitir a
verdadeira Palavra de Deus. A própria Palavra, que nós conhecemos com o nome de
Jesus, ao assumir as nossas palavras, usou-as nesta sua inultrapassável
deficiência e incapacidade. Por isso não Se conseguiu revelar usando-as, mas
teve que morrer com elas para reaparecer na Sua condição de Palavra
omnipotente, nos corações.
12/8/96
– 14:46
– A Besta realça-se-me nestes Sinais. Que
queres que eu anuncie ainda sobre ela?
– Que ela Me desfigurou as palavras.
– Ela apoderou-se das Tuas palavras?
– Ela apoderou-se da Minha expressão humana.
– Explica-nos, Mestre, isso que dizes.
– Que a Besta domina o território das
palavras humanas.
– E
distorce assim o Teu Rosto?
– Sim. O Meu Rosto é a Expressão da Verdade
e as vossas palavras encobrem-no mais do que o revelam.
– Como podemos, então, chegar à Verdade do
Teu Rosto?
– Desenvencilhando-vos das palavras.
– Devemos desprezar as palavras?
– Deveis pôr as palavras ao serviço da
Verdade e nunca a Verdade ao serviço das palavras! Libertai as palavras das
garras de Satanás e restituí-Mas, para que se transformem em instrumento
revelador da Verdade!
– Como Te restituiremos as palavras, querido
Artista?
– Amando-Me primeiro, sem palavras. Dai-Me,
primeiro, o vosso coração e Eu vos restituirei, por acréscimo, as palavras,
purificadas, robustas e eficazes.
– Como espada de dois gumes?
– E como bálsamo que alivia a dor e cura a
ferida.
– E como fogo que tudo devora à sua
passagem?
– E como leite que jorra do seio da vossa
Mãe para o vosso corpo sôfrego de bebé.
– Ah, Mestre, vem ser outra vez toda a nossa
Palavra!
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