Passamos a vida a procurar ser felizes. Para
isso fazemos coisas impensáveis. A mais frequente é instrumentalizarmos os
outros para que eles nos proporcionem a felicidade que sem descanso procuramos.
Jesus ensina que a felicidade está sempre e só dentro de nós; precisamos só de
a libertar, porque a aprisionamos aí, no frenesim de a encontrar fora.
25/8/96 – 5:26
Fala, Mestre. Escolhe, das palavras que eu
conheço, aquelas que melhor Te servirem para nos comunicares os Teus Sonhos e
assim nos manteres na expectativa do Teu Dia Glorioso.
– Que sentes agora?
– Venho sentindo avolumar-se enquanto
escrevo: és Tu, dentro de mim.
– Como Me sentes?
– Como felicidade vinda de dentro, forçando
as paredes do coração, por já não caber nele.
– Está de novo recolhendo ao teu centro essa
felicidade, não está?
– Sim, é esse mesmo o termo: ela parece
estar concentrando-se de novo num misterioso centro…
– Sabes porquê?
– Eu sei tudo, se Tu quiseres que eu o
saiba. Por isso, diz Tu porquê, Mestre.
– O que sentiste era a visão e a audição que
desejas possuir e há pouco registaste. Se ela continuasse intensificando-se,
poderias suportá-la?
– Não. Com toda a
certeza que não: a sensação era a de que eu não passava de um invólucro que se
iria rasgar!
– Não te importas de continuar então ainda
um pouco escrevendo as palavras que temos, antes que o teu invólucro se rasgue?
– Não, não me importo, meu Senhor, meu Deus
enorme, meu pequenino Irmão, meu querido Companheiro desta imensa Solidão.
Conserva-me sempre no estado que mais Te convier. Congela-me, se precisares de
um bloco de gelo. Mas não me largues. Só quero estar nas Tuas Mãos: se me
apertares com os Teus Dedos quentes, mesmo gelado eu registarei os Teus Sonhos
em forma de gotas que vão caindo do gelo.
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