Não ouço Deus falando, nem vi até hoje qualquer figura que me
visualizasse Deus, ou mesmo Jesus, ou Maria. O meu ouvido, a minha visão, são
só os da Fé. Assim, para aceitar estes Diálogos como uma verdadeira Profecia é
mesmo necessária uma verdadeira Fé.
18/4/96
– 9:20
A Fé que o Senhor me deu é uma Fé no
absurdo.
Por isso sempre de novo regresso à minha
solidão com Ele. As pessoas aceitam-me só enquanto lhes não mexo com os
esquemas em que se movem, só enquanto o que lhes mostro lhes parece apenas uma
coisa curiosa; quando verificam que isto lhes mexe com a vida, alarmam-se e rejeitam-me.
Até quando? O meu Mestre não mo diz. Mas vem ter comigo sempre que assim sucede
e põe-Se a recordar os passos que comigo deu, as maravilhas todas que já em mim
o Pai operou. E a forma como faz isto é, em si, uma nova maravilha. Assim
agora: depois da insólita afirmação, na vigília, aliás repetida, de que eu sou,
com a Vassula, uma das duas Testemunhas de que fala o Apocalipse, conduziu-me
ao primeiríssimo volume destes Escritos, há muito enterrado debaixo da pilha
dos outros nove volumes, fazendo-me recordar o fenómeno inicial que me conduziu
à fixação destes Escritos. E eu, que considerava aquelas primeiras páginas como
de uma confrangedora ingenuidade, ridículas até, senti ali de novo a Humildade
do nosso Deus que assim Se deixou envolver naquela ridícula expressão, mas ao
mesmo tempo ali me causou novo assombro a Eficácia do Espírito Santo
conduzindo-me, inexorável, à via da Fé, a única Força que, a partir daí, move a
minha mão.
Devo interromper aqui. O Mestre fez-me olhar
o relógio: 10:27. E este Sinal diz: A Escritura; Salomão!!! Só a Fé me move.
Mas é, nas Mãos de Deus, tão robusto este Dom, tão forte, que me parece, neste
momento, suplantar a própria visão e audição místicas!
Mas não acabou por ali a Simpatia do nosso
Mestre: depois das páginas iniciais levou-me, no mesmo volume, aos dias 12 e 13
de Novembro 94. Aí se fala, logo a abrir, da Fé dos Apóstolos com que Jesus
relaciona a minha Fé periclitante; aí se fala, de forma muito clara, do
paralelismo entre o meu caso e o da Vassula; aí se fala do Temor de Deus,
sentimento que me dominava ao escrever, na vigília! Jesus é, na verdade, um
Companheiro que nos enche todas as medidas e ao enchê-las desloca-as sempre
para mais longe. Pede até ao nosso limite humano, mas dá em troca a Imensidão de
Deus!
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