Parece um absurdo exagero a mensagem seguinte. Quem aceitará a visão de
que somos Dádiva pura de Deus e de que, de nós mesmos, nada podemos fazer? É
isto mesmo, no entanto, que o próprio Jesus afirma: “Sem Mim, nada podeis
fazer”. E, na verdade, trata-se de uma evidência pura: tudo o que temos nos foi
dado, desde o ser até à capacidade de agir. Depois do Pecado então, o estrago é
tamanho, que ninguém senão Deus nos poderá reconstruir.
18/4/96 – 2:52
Sondo mais uma vez o Coração de Deus à
procura de qualquer mágoa que n’Ele haja a meu respeito. O meu grande medo é
desgostá-Lo. Por isso pergunto se esta frieza em que vivo não será o resultado
de um afastamento culpável, de um afrouxar da dedicação devida ao meu Deus. Sei
que não Lhe dei ainda tudo e é tudo o que Ele pede. Mas ao mesmo tempo é cada
vez mais nítida em mim a sensação de que nada tenho para Lhe dar: até a minha
oração é uma Dádiva Sua! Eu devo ser só o lugar onde Ele manifesta a Sua
Glória, a terra boa onde Ele semeia os Seus Dons para os colher centuplicados.
Tudo o que eu posso fazer é permitir ou impedir Deus de assim tomar conta do
meu ser e de todo o meu agir. E mesmo esta possibilidade que eu tenho é um Dom,
o maior, o mais incompreensível Dom do meu Deus. Estou até correndo o risco de
me tornar enfadonho, de tanto repetir esta Verdade: o Livre Arbítrio é a mais
inexplicável Dádiva do nosso Deus!
Por isso nada mais posso fazer senão
abandonar-me a Ele. E é aqui que se situa sempre o meu medo: eu posso impedir
que Ele tome completa posse de mim, que sou, inteiro, propriedade Sua! Sinto
mesmo que é este o meu único verdadeiro medo, porque é aqui que se situa também
a minha única verdadeira desgraça. Perante este medo, os outros medos desta
vida são apenas sustos, apenas dores que eu sei que vão passar. Levei muito
tempo a entender o que seja abandonar-se; hoje entendo, mas não é ainda pleno
conhecimento em mim o que entendo: quando o meu abandono for completo, há-de
ser completa em mim a felicidade. Serei então um verdadeiro mártir, isto é, Testemunha do meu
Senhor. Isto me dizem os algarismos da hora a que acordei. Mas neste momento
outra coisa me disse aquela imagem e com temor pedi ao Céu todo que me
assistisse e protegesse na expressão do que senti, para que só o Desejo de Deus
seja expresso: aqueles Sinais mostram Jesus no meio das Suas Duas Testemunhas,
em que eu vi a Vassula e a mim próprio. Corava de vergonha perante alguém que
lesse isto, mas eu acredito em que, desde que ficou escrito, recebeu a marca da
Verdade. Há certamente muitas outras testemunhas de Jesus; são multidão, por
certo. Mas estas duas são aquelas de que fala o Apocalipse (Ap 11),
profetizando o nosso tempo. Reforça ainda esta minha Fé o facto de, desde o
início desta vigília, eu sentir claramente que é no Livro do profeta Vassula
que está a Mensagem do Senhor para mim hoje.
– Faz, pois, do meu dedo seta que com
precisão aponte a Tua Palavra, querido Mestre.
Com precisão total o dedo apontou a data de
22/10/93 que estranhamente contém apenas a seguinte Mensagem:
“A Paz esteja contigo. Apoia-te a mim e não
tenhas medo. Ainda que reunisses todos os demónios, com Satanás, Eu seria
sempre mais forte que todos eles juntos. Meu amigo, não duvides nunca do Meu
Amor eterno”.
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