Nesta mensagem está bem patente a maneira de ensinar do Mestre Jesus.
Não parece mesmo, às vezes, que é Ele que quer aprender connosco?
13/4/96
– 9:47:33
Outra vez a Paz. A Paz, que é o Selo do Nono
Dia e vem da imensa Riqueza de Deus Santíssimo e Trino – é este o anúncio que
devo fazer.
– Mas sobre a Paz, Jesus, que mais posso
dizer que não tenha já dito?
– Está tudo por dizer.
– Então fala, Fonte límpida da Trindade
junto de nós.
– Límpida?
– Límpida, sim, a Fonte. Mas à nascença logo
a conspurcamos.
– Consegues sentir o que Eu sinto, assim
invisível no enxurro em que Me transformastes?
– Não, não consigo. Imagino apenas que não
seria possível nenhum ser humano suportar o que suportas. E há tanto tempo,
Amor, há tanto tempo!…
– Não Me queres ajudar a suportar este
horror?
– Um dia destes zango-me Contigo, Mestre!
Não Te disse já que quero sofrer Contigo tudo o que a minha medida humana puder
suportar?
– Estás mesmo pronto?
– Isso só Tu sabes. Não sei como reagirei
quando Tu passares para mim a Tua carga. Vamos treinar mais, Mestre, se vês que
posso. Aproveita o Deserto ao máximo, agora que mais ainda a absoluta solidão
me envolve aqui Contigo. Mas olha: que tem isto a ver com a Paz?
– A Paz não tem que destruir à sua passagem
toda a Iniquidade, como um rio?
– Sim, disseste-mo ontem: a Paz destrói.
– Como?
– Como, pergunto eu. Foste Tu que disseste
que a Paz esmaga tudo o que não puder servi-la à sua passagem.
– Surpreende-Me, Meu amigo. Diz-Me coisas
belas sobre a Paz.
– Eu??? Ah, Mestre! Que Te pode surpreender
neste coração vazio?
– Vazio?
– Vazio de Ti, porque ainda está cheio de
mim.
– Não é já de ti que está cheio o teu
coração, Meu amigo; é da Angústia e do Deserto da Cidade de Satanás, que Me
tens pedido para suportar Comigo.
– Não me disseste ainda estes dias que eu
sou o maior pecador do mundo?
– E não és?
– Eu tive já toda a amplidão do Sonho que me
deste preenchida com a minha própria ambição, é isso?
– Não é?
– Porque me não respondes Tu?
– Sabes porventura porque Me não responde o
Meu Pai às perguntas que Lhe faço na Montanha que esta noite viste, caído,
prostrado, impotente?
– O que é a Paz, meu espectacular Amigo?
– Diz-Me tu o que é a Paz, diz!
– A Paz é ter preenchido todo o território
da nossa ambição com a dor que ela provoca no mundo inteiro.
– A Paz é Dor?!
– Não: é aceitar a Dor toda, para a curar
toda.
– Como cura, a Paz?
– Como o fogo: absorve e destrói em si o que
vai absorvendo.
– A Paz não rejeita a Iniquidade?
– Não: assume-a, absorve-a e queima-a,
transformando-a em Luz!
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