Cada um é mesmo único, para Deus. Cada um tem perante Deus o seu caminho
que, por mais estranho que nos pareça, entroncará no Caminho que, como sabemos,
é Jesus. Veja-se como desta vez o Pai me fez sentir o Inferno num Domingo de
Páscoa.
7/4/96 – 0:52
Quero falar com o Céu e sinto que é ao Pai
que me devo dirigir, porque Jesus e Sua Mãe…não sei, parece-me estarem
ausentes, muito longe…. Aqui no Deserto parece ter o Pai substituído Jesus, mas
o Demónio macaqueia-Lhe a figura e o gesto, ridicularizando-O… Ultrapassar estas
barreiras todas, a da secura, a do cansaço e a da obstrução desesperada e
nojenta de Satanás parece difícil, mas tentar, para Deus, é já ter conseguido.
– Paizinho, que se passa? Onde está o Teu
Jesus, o meu Mestre, que O não vejo ressuscitado? Onde está a minha Pequenina
de Nazaré, que me desapareceu dos olhos da alma? Retira daqui Satanás, Paizinho
e responde: onde estão Eles?
– Junto de ti, no Inferno.
– Pai, Paizinho, não vás embora. Diz-me: eu
também estou no Inferno?
– Não notas?
– Sim… Mas não é esta a noite da
Ressurreição?
– Não. Não é esta ainda.
– Vão ficar o meu Mestre e a minha Mãe
assim longe de mim durante muito tempo?
– Eles estão junto de ti, conforme te
disse.
– Mas não estão no meu coração, Pai!
Deixa-Te estar aqui à minha beira e dá-me a Tua resposta. A Tua, Pai, límpida,
clara. O Demónio está fazendo terríveis interferências na Tua Voz e na Tua
Presença… Porque lhe deixas fazer isto, Paizinho?
– Porque estás no Inferno, conforme te
disse.
– E não me podes tirar daqui?
– Não queres ficar junto do teu Jesus e da
tua Mãe?
– Mas, Pai, se estou junto d’Eles, porque
não Os sinto?
– Porque o Inferno é não se sentirem as
pessoas umas às outras.
– E a Ressurreição, Paizinho? Quando
ressuscita o Teu Filho para nos tirar do Inferno a mim e à minha Mãe?
– Quando tiver ressuscitado todos os mortos!
Quando as portas do Inferno estiverem desatulhadas de cadáveres! Não queres
ajudar o Meu Filho a ressuscitar tantos mortos?
– Quero, Pai, quero muito. Tu sabes que
quero. Mas como?
– Aceitando descer com Ele aos Infernos.
– Eu aceito, Pai. Como se faz para aceitar?
– Reza sempre. Jejua…
– Que jejum, Pai? Tu sabes que o do
alimento…
– Também te será dado, a seu tempo. Não
tenhas medo. A tua Mãe vai ajudar-te a jejuar e a suportar todo o peso do
Inferno.
– E quanto tempo vou ficar assim sem o meu
Mestre, sem a minha Mãe?…
– Eles não estão longe. Eles estão contigo,
em ti, conforme te disse.
– Mas…nesta frieza?
– Na frieza que também a Eles corta o
Coração.
– Ajuda-me então, Paizinho, a rezar sempre.
– Conheces os mortos da tua era. Reza por
eles.
– Os intelectuais? Os sábios?
– Todos aqueles que povoam o reino do Mal.
Tu conhece-los. E olha: não te esqueças de ti.
– Meu
Paizinho, que noite de Ressurreição! Diz-me que não é castigo por eu não ter
jejuado, sei lá….
– Meu pequenino, tu não conheces ainda o Meu
Coração!
– Diz-me então, por qualquer Sinal, que me
dás a Tua Paz.
– Abre o profeta Vassula e coloca o dedo.
– “Minha esposa” – foi exactamente isto que
o dedo apontou.
– Dás-me a tua alma como esposa?
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