O conjunto 42 no fim da vigília e agora repetido diz-me que nada do que aqui escrevo é banal, porque contém a Força omnipotente do Verbo eterno de Deus. Está esta Força não só no que anuncio, mas também no próprio testemunho que dou.
Mas quem
admitirá que um diálogo à volta de uma banal e transitória dor de estômago
possa conter a Substância e a Força da própria Palavra de Deus? É da mais crua
evidência que eu nunca conseguirei convencer ninguém desta minha visão das
coisas. Porque também eu só pela Fé vejo assim. Quem, portanto, ler o diálogo
da vigília de coração seduzido pelo rumo que ele leva, já não está sendo movido
pela lógica ou pelo senso comum: há dentro dele uma outra Substância, um outro
Poder, uma outra Visão. E parece óbvio que uma tal Realidade interior não pode
ter sido urdida por uma qualquer influência exterior.
- Maria, ajuda-me: eu não sou capaz de sair daqui.
- Daqui, de onde?
- Desta tentativa de explicar racionalmente o que
justamente acabo de dizer que não é explicável pela razão.
- Vê então se consegues apenas apontar a mensagem que o
teu coração quer transmitir.
- O que quero dizer é que a Fé é algo de inteiramente
novo no nosso coração.
- E não contraria a nossa natureza?
- O que está contrariando a nossa natureza é a
Construção racional que bloqueou completamente as Fontes do nosso Coração.
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