Um forte impulso pede-me agora que olhe de
novo o relógio e de lá me vem o Sinal 5:17, que me fala da luminosa Paz que
Jesus nos virá trazer nesse Dia. Um outro impulso me fez olhar logo a seguir,
para que me viesse de lá, na imagem 5:18, a Mulher-vestida-de-sol junto do
Príncipe da Paz.
– Não me leves a mal que Te fale de novo no
peso que transporto, Mestre. Eu sei que é infinitamente maior a carga que Tu
transportas e que, mais do que as minhas, as Tuas dores Te comeram já todas as
energias. Mas é que não tenho mais ninguém com quem possa partilhar esta tensão
que levo ao andar. Tu sabes que é muito escuro este caminho; parece até que
nunca ninguém por aqui passou, a avaliar pelos obstáculos e covas em que
tropeço e me esmurro todo…
– Eu sei, Meu pequenino, sei o peso que
transportas. Mas diz-Me: não Me sentes junto de ti?
– Sinto. Ai se não fosse isso…
– Acreditas em que Eu sei o Caminho?
– Sem vacilar. E digo-Te mais: acredito em
que apenas Tu o sabes.
– Diz-Me ainda: sabes onde conduz este
Caminho?
– Claro que sei. Todos nós sabemos. Tu já o
percorreste uma vez, em carne igualzinha à nossa, para que ninguém mais pudesse
dizer que não sabe qual é o Caminho, e onde conduz.
– Diz então onde conduz.
– À morte.
– Não, Meu pequenino companheiro: a morte é
o próprio Caminho
– Ah!
– Diz onde conduz o Caminho, diz!
– À Vida!
– Está já às vossas portas, a Vida, Meu
pequenino Profeta. Só mais um pouco. Queres vir?
– Sempre. Até onde Tu fores.
– Mas olha: não vinhas dizer-Me onde te dói?
– Vinha. É tão insistente esta dor…
– Escreve qual é, para que todos a conheçam.
– São poucos os que a sentem?
– Muito pouquinhos.
– E é importante sentir esta dor?
– Tão importante como seguir este Caminho em
que nos encontramos.
– Então esta dor é Sinal de que estamos no
Caminho certo!?
– É. Diz qual é a dor, Meu pequenino.
– É a própria dor da procura. É a dor de não
ter ainda chegado.
São 6:33.
Sem comentários:
Enviar um comentário