É
impressionante a intensidade com que hoje me está sendo posta diante dos olhos
a figura de Satanás. Turbulento, destruidor, maníaco da maldade, espinoteando
de raiva pelo desmascaramento que assim me é dado fazer da sua intervenção nas
nossas vidas, que ele sempre quis oculta e estava prestes a poder descansar
deste seu trabalho de camuflagem pela eficaz e avassaladora insinuação de que
ele mesmo nem sequer existe.
E estou só
agora advertindo com verdadeira atenção no facto de Satanás ter sido das primeiras
realidades a ser-me reveladas, como se tal revelação fosse para Jesus
prioritária, um facto tanto mais surpreendente quanto é certo que Satanás e o
seu Inferno nunca tiveram peso nenhum na minha vida e nunca seriam portanto um
tema que espontaneamente eu pusesse a Jesus, quando tantas coisas
verdadeiramente novas e arrasadoras desabavam sobre mim. Recordo-me que comecei
por chamar ao Diabo “o gajo” e a primeira imagem que dele me surgiu foi a de um
olho grande deslizando, lento, como que dentro de água, sempre muito aberto,
atento a tudo, perscrutando tudo, mas sempre silencioso, como quem quer evitar
a todo o custo que se dê pela sua presença.
E nunca mais
Jesus me deixou esquecer desta presença personalizada, responsável e
responsabilizável por toda a Desgraça que se tem abatido sobre nós. Com efeito,
repare-se na parte da responsabilidade que Jesus lhe atribui ao chamar-lhe “pai da Mentira” e “príncipe deste mundo”. Mas vede como ele conseguiu fazer com que,
até hoje, toda a responsabilidade do
Pecado a carregássemos nós homens sozinhos! Que bom vermos toda a Verdade!…
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