Escrevi este episódio banal para testemunhar a minha ânsia de depender inteiramente de Deus, sobretudo quando o Seu Poder é confrontado com o poder da obra humana. Mas é preciso não esquecer que também toda a obra humana é feita com talentos que d’Ele recebemos. Por isso usar o que toda a gente considera benefícios da Civilização é ainda, para aquele que quer viver inteiramente preso ao Coração de Deus, estar recebendo um Dom do seu Senhor.
Foi por isso que eu resolvi tomar o comprimido. Mas fi-lo com alguma mágoa: quanto não preferiria ser curado directamente pela acção do meu omnipotente Amigo Jesus! É esta mudança no coração que determinará a queda da Cidade. Mas é também esta mudança que a fará cair sem traumas nem saudades: será sempre por amor que desmontaremos a monstruosa Construção, sabendo que estamos desmanchando a nossa própria obra, de que já teremos o coração desagarrado, mas onde continuamos vivendo com muitos dos nossos irmãos em quem não se operou ainda aquela mudança no coração e tentarão por isso manter de pé aquilo que nós queremos ver cair.
Só por isso a derrocada da Cidade será dolorosa para os que aceitarem o caminho de Jesus. Não lhes custará deixar tudo para seguir o seu Mestre; o que lhes vai ser pesado serão as perseguições por parte daqueles que verão nesta atitude uma verdadeira catástrofe universal. Mas também as perseguições, dolorosas em extremo muitas vezes, não meterão medo aos discípulos de Jesus: para além de que o Pai não deixará ninguém sofrer acima das suas forças, o sofrimento será recebido com muita alegria, porque a esse tempo já os corações conhecerão o tesouro que o sofrimento encerra e reconhecerão nele o Sinal mais claro de que Jesus, enfim, regressou.
São 8:51.
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