- Disseste já que te bastaria ver, antes do fim dos teus dias terrenos, o rebentozinho frágil saindo da terra…
- Frágil, inocente! Eu sei que o triunfo da Nova Igreja só virá depois.- Achas que essa coisinha frágil e inocente poderá nascer sem dor?
- Certamente que não: todo o parto é doloroso. Mas eu não estou pensando nas dores.
- Tu dás, no entanto, muita importância às dores.
- Sim: elas são o sinal incontornável de um novo nascimento.
- Não concebes então uma Igreja nascida de uma evangelização festiva, recebida pela generalidade das pessoas com enorme alvoroço, por nelas verem a realização das suas ânsias e esperanças comuns!?
- É verdade que a pregação de Jesus até se iniciou e desenvolveu no meio de um enorme alvoroço, a ponto de ele juntar grandes multidões que O queriam aclamar rei.
- Eles não tinham rei?
- Um rei escravo, que servia Roma.
- E porque não aceitou Jesus ser aclamado rei, um rei livre de um povo livre, se esse mesmo povo admitia rejeitar o rei que tinha?
- Foi este justamente o Sinal máximo de que a evangelização, embora fulminante e festiva, não produziu a Igreja: eles queriam substituir um rei por outro, não queriam mexer no Sistema que governa todo este mundo. A Igreja só nasceu depois que Jesus foi morto!
- Mas, conforme tu escreves, Deus nunca Se repete. Não pode hoje a evangelização produzir a Igreja inocente com que sonhas, no meio do júbilo geral?
- Está escrito que morrerá a terça parte dos homens.
- Mas isso não se refere ao desmoronar violento da Civilização? Não será essa catástrofe provocada pela Igreja já nascida, essa mesma com que sonhas, frágil e inocente?
- Era tão bom que assim fosse, Maria! Até porque nós hoje temos-Te connosco como Rainha e Comandante dos Exércitos Celestes! Tu és a Surpresa do Oitavo Dia!…
São 8:51!!
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