30/9/97 – 1:53
Fixei tão bem estes algarismos, que lamentei não ter olhado um minuto antes, para que me aparecesse a imagem 52, conjunto que me está visualizando cada vez mais a intimidade com o Mestre e revela assim uma nítida aproximação do “nós”, como Jesus deseja. Mas quando olhei agora de novo ao levantar-me, julgando terem decorrido poucos minutos, eram já 4:00, a mesma imagem do início da vigília de ontem.
Concluo, pois, de toda esta sinalização, que o meu Amigo está confirmando esta cada vez mais intensa relação afectiva entre nós e que isto o quer proclamado como obra do Espírito Santo.
Ah, o Espírito! Poisaram ontem os meus olhos sobre um passo da mais recente Carta Pastoral dos Bispos portugueses, onde se confessa termos nós dado muito pouco relevo ao Espírito Santo na nossa vida. E Jesus dá-Lhe uma importância toda singular através dos Seus Profetas actuais!… Ele proclama-O, com enorme ênfase, como sendo todo o “Poder Interior” da Sua Igreja. Também a mim o Mestre me conduziu, de forma inteiramente inesperada, ao Espírito Santo, logo no início deste nosso encontro. Foi como se Ele próprio Se tivesse retirado, para que inteiramente me enchesse, me comandasse e me cativasse Aquela misteriosa Presença. Tão forte, tão subtil e ao mesmo tempo tão leve, tão delicada, que para sempre me conquistou este respeito de Deus por mim. Ele era um Amigo, tão próximo de mim e tão personalizado, que cheguei a estranhar esta experiência tão clara da Sua distinção relativamente às outras Duas Pessoas da Trindade Santa. Ora eu, que sempre admiti a Sua existência como uma das Pessoas da Altíssima Trindade, era como se nunca O tivesse conhecido. Não me recordo de alguma vez, fora das orações litúrgicas, espontaneamente, Lhe ter dirigido qualquer oração! E no entanto, se alguém me tivesse perguntado se eu acreditava no Espírito Santo, eu teria respondido sem pestanejar, que sim, obviamente.
Compreendi então com o coração aquilo que já sabia com a cabeça: que a Fé não é a adesão intelectual a uma qualquer verdade abstracta. Só se pode ter fé em pessoas. A Fé implica uma relação afectiva personalidade a personalidade, coração a coração. Como a criança pequenina tem fé nos pais; como os pais têm absoluta fé no amor do seu filhinho. É assim a Fé em Deus. Tão pessoal é ela, que não conhecemos em verdade Deus enquanto não estivermos afectivamente presos a uma relação com cada uma das Três Pessoas da Trindade.
Tudo isto foi Jesus que mo ensinou. Mas Ele ensina de uma forma diferente dos outros mestres: Ele ensina não impondo “verdades”, mas satisfazendo as mais fundas sedes do nosso ser, mesmo que delas não tenhamos consciência. Ele apenas identifica, acorda e traz à consciência as profundas ânsias que moram dentro de nós. É aí que Ele nos encanta e nos conquista para sempre, por causa deste absoluto respeito pela nossa inviolável identidade. Com Ele somos em verdade uma pessoa lidando com outra Pessoa. Foi assim que Ele me levou também à Unidade das Três Pessoas em Deus: a Unidade é uma sede primordial do meu coração. Foi assim que Ele me deu a conhecer a minha Mãe: estava já no fundo do meu ser esta sede estranha de um colo fofo, onde me sinta protegido porque amado como se nenhuma mancha de maldade tivesse poisado em mim. E estava já cá dentro esta sede do Rio Feminino de Deus que não sei caracterizar, mas que me aparece de vez em quando na Face misericordiosa do nosso Pai, na subtileza do Espírito, na terna afeição do nosso Irmão Jesus, mas sobretudo no Frágil Encanto da Senhora!
Jesus é o único Mestre!
São 6:02.
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